10 mil sócios seria um número “razoável”, presidente dos BVB

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Braga atingiu recentemente os dois mil sócios, mas este está longe de ser um número razoável para o presidente.
Em entrevista na RUM ao programa Campus Verbal, que vai para o ar na noite desta terça-feira depois das 20h00, o presidente da corporação, António Ferreira, considera que os bracarenses estão a reconciliar-se com a corporação voluntária, mas os números estão longe dos objectivos da Direcção eleita em Abril de 2016.
“Se fossem 10 mil neste momento eu achava razoável. Temos feito o nosso trabalho, precisamos da ajuda de todos, precisamos de nos reequipar. Temos bombeiros em número suficiente e faltam-nos equipamentos e viaturas que são todas muito caras e que podem ser necessárias a qualquer momento”, começa por esclarecer António Ferreira aos microfones da RUM.
Corporação tem 150 bombeiros, metade deles na reserva
A corporação dos Bombeiros Voluntários de Braga é composta por 150 elementos, sendo que metade deles está no activo e os restantes na reserva, por diferentes questões, apesar de todos estarem actualmente devidamente habilitados para o cumprimento da missão. Entre os elementos constam jovens estudantes da Universidade do Minho, que só não são mais pela distância entre o quartel e a zona envolvente ao campus de Gualtar. Para o presidente, o número de bombeiros é “suficiente”, mas o mesmo não se pode dizer da diversidade e qualidade actual dos equipamentos.
O capitão António Ferreira reconheceu que no incêndio de 15 de Outubro em Braga “se tivesse o dobro das viaturas tinha elementos suficientes para integrar essas viaturas ao serviço da população” e os bombeiros voluntários “podiam ter ajudado um pouco mais”. O presidente discorda da opinião de quem acha que “até correu tudo muito bem” face às particularidades daquele incêndio que queimou 1200 hectares da floresta bracarense.
Só para o combate a incêndios florestais, BVB precisariam de investir quase meio milhão de euros
Os Bombeiros Voluntários de Braga precisam actualmente de duas viaturas novas e pensar em substituir as duas maiores que possuem, além de uma viatura ligeira que possa chegar “depressa ao foco de incêndio”. “Sozinhos e neste momento não temos a mínima capacidade”, reconhece o presidente da Associação Humanitária. Só nestas viaturas para incêndios florestais seriam necessários quinhentos mil euros, e por isso, a abertura de fundos comunitários parece ser a única esperança para resolver o problema.
A entrevista na integra ao Capitão António Ferreira pode ser ouvida no programa Campus Verbal, esta terça-feira, depois do jornal das 20h00, na antena da RUM (97.5FM) ou em www.rum.pt
Áudio:
Capitão António Ferreira considera que o número de sócios está longe do desejável e e explica necessidades da corporação no que ao combate a incêndios diz respeito
