Mosteiro de Rendufe pode acabar na mão de privado

O Mosteiro de Rendufe, em Amares, pode acabar na mão de privados. É um dos edifícios que o Estado colocou na lista do programa ‘Revive’, que consiste na atribuição de concessões a privados para turismo e já haverá pelo menos um interessado. A novidade foi adiantada esta terça-feira pela deputada da CDU eleita pelo distrito de Bragam Carla Cruz.

Segundo a deputada da CDU eleita pelo distrito de Braga, que hoje reuniu com a Direcção Regional de Cultura do Norte para abordar as condições actuais daquele património, haverá um privado interessado no Mosteiro.

Esta terça-feira, Carla Cruz reuniu com a Direção Regional de Cultura do Norte com o objectivo de alertar, uma vez mais, para o estado de degradação daquele património e exigir intervenções por parte da tutela. A comunista referiu que o pedido de reunião aconteceu com o intuito de “fazer um novo ponto de situação relativamente ao estado de conservação do Mosteiro”. “Há décadas que temos apresentado propostas para a reabilitação deste património. De ano para ano acentua-se o estado de degradação. Neste momento há intervenções de emergência necessárias tendo em conta a dimensão de fissuras que já apresenta em três espaços distintos”, denuncia Carla Cruz aos microfones da RUM.

A CDU critica o adiar da resolução dos problemas no mosteiro de Rendufe por parte de sucessivos governos e quer saber “quando é que o resto das intervenções serão retomadas”. 

Ainda assim, o Mosteiro está no programa Revive e pode passar para uma entidade privada. Segundo o que esta manhã foi abordado na reunião “haverá uma entidade interessada em andidatar-se”, explicou a comunista.

O partido não acompanha o programa lançado pelo Governo. Carla Cruz reitera que a gestão do património “é responsabilidade do Estado” e avisa que “vai continuar a exigir intervenção para preservar e conservar este monumento, património nacional”.

Segundo a Direcção Regional de Cultura do Norte “há estudos e projectos”. Ora, a deputada reconhece que o volume de investimentos é grande, sugerindo por isso intervençõs de emergência nos locais mais sensíveis, até porque um inverno mais chuvoso “pode levar à queda de partes significativas do monumento”, avisa.