19ª edição do IdeaLab com sucesso acima da média

A 19ª edição do projecto IdeaLab termina esta tarde, no campus de Azurém da Universidade do Minho, em Guimarães. Um projecto de aceleração de ideias que nos últimos anos tem vindo a contribuir para a criação de mais 30 empresas na região e dez spin-offs. Estes resultados colocam o projecto com uma taxa de sucesso acima da média, nesta fase apenas de ideias, superior a 20%.
A Directora de Transferência, Tecnologia e Empreendedorismo na TecMinho, Marta Catarino frisa que esta é uma excelente iniciativa para dar “ferramentas, capacitação, mentorização e apoio financiamento” aos empreendedores nestes primeiros passos, pois só deste modo é possível criar “algo que venha a mudar a nossa sociedade”.
No entanto, este não é o fim, mas sim o início de uma longa caminhada em que a TecMinho continua atenta e disponível para guiar os estudantes e ex-alunos da UMinho com as suas ideias de negócio. “É preciso criar portas para outras oportunidades quer no que toca a investidores, parceiros ou mesmo clientes, porque no painel temos CEO’s de algumas empresas da região”, sublinha a directora.
Hoje decorreu a apresentação de sete projectos que chegaram ao final da iniciativa, estes surgem de várias áreas científicas. Recorde-se que as candidaturas para a 20ª edição do IdeaLab terminam a 24 de Outubro de 2018.
Autores de alguns projectos que passaram na última edição da TecMinho
Óscar Sousa desenvolveu a aplicação “DisPocket, Discount on your pocket” que olha para o pequeno comércio, menos ligado ao mundo da internet. “Teremos uma parte web direccionada para os clientes que podem colocar os descontos e também fazer vendas através do nosso marketplace”, começa por explicar. De acordo com o promotor, o IdeaLab foi essencial para “perceber o mercado assim como o sentido que deve tomar no que toca à própria ideia”. Na fase de lançamento, o participante reconhece que vai necessitar da ajuda da TecMinho. Até ao final do mês a primeira fase do projecto estará pronta.
Outro dos projectos inovadores é o “MAG4Biomed” que pretende desenvolver um nanosistema para permitir direccionar fármacos até ao tumor e, deste modo, melhorar a terapia oncológica que já existe. O objectivo é conseguir diminuir a dosagem utilizada nos tratamentos e também reduzir os efeitos secundários dos mesmos. “A ideia é direcionar os fármacos apenas e só na zona do tumor através da quimioterapia e acautelar ainda a hipertermia que resulta do aquecimento das partículas magnéticas presentes no nosso nanosistema”, esclarece a ex-aluna da UMinho, Rita Rodrigues. A ideia surgiu durante a tese de doutoramento. Um programa que será desenvolvido ao longo dos próximos três anos optimizando o sistema e realizando ensaios in vitro e in vivo que permitam provar o conceito e fazer uma protecção de propriedade intelectual.
Já a “MAG2Clean” é o projecto de três alunos da Universidade do Minho que se baseia na produção de nanopartículas magnéticas. “O objectivo é arranjar uma solução para substituir alguns processos como a floculação, que produzem produtos tóxicos e deste modo torna-los o mais limpos possíveis. Neste momento estamos muito no início porque o projecto tem apenas oito meses. No próximo ano vamos dar um grande passo no desenvolvimento e na aproximação ao mercado”, explicou ainda Ricardo Fernandes.
