Guimarães: Incubadora de Base Rural apoia 17 empreendedores

17 empreendedores formalizaram esta sexta-feira um contraco com a Incubadora de Empresas de Base Rural, criada pela Câmara de Guimarães. Os candidatos foram seleccionados para beneficiar dos apoios oferecidos para o aprofundamento do seu conhecimento sobre a economia de base rural. Partindo de uma bolsa de terras a ser criada pela autarquia, a incubadora também irá gerir as parcelas de terreno, distribuindo-as pelos empreendedores, combatendo o abandono de terras.


Os participantes são integrados na Oficina do Empreendedor, uma semana intensiva de capacitação. É o caso de Filipe Brandão, Solange Silva e José Távora, que falaram aos jornalistas. O primeiro, que sempre trabalhou na área da construção abraçou o projeto com “muito gosto”. “Foi um sonho concretizado pela Câmara de Guimarães, que veio alavancar na nossa vida profissional e deu hipótese de abraçar um projeto verde”.  Já Solange Silva, de 39 anos, segue o “sonho” de da sustentabilidade rural,  e as suas ideias seguem os temas do “Turismo Sustentável” e da “Agricultura Biológica Integrada”. “É um apoio importante, porque temos a possibilidade de aceder à terra mais facilmente e também temos disponível todo este conhecimento, através de Universidades que têm o ‘know-how’”, explicou. Por sua vez, José Távora, arquitecto de 59 anos, quer “regressar as origens” o seu projecto ligado ao vinho,  em Guimarães, seguindo uma ideia familiar de com a criação de um Polo Cultural, de forma a perceber como deve “evoluir”, explicou.


Projecto “inovador” quer ser referência nacional


Presente na sessão, o Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, elogiou o projecto pelo olhar diferente sobre o “Portugal rural”. “É um projecto que tem o movimento que nós temos de criar em Portugal para voltarmos a olhar para o desenvolvimento rural de uma forma diferente. Não podemos resignar à ideia de um país dividido em dois: um país urbano e um país rural. Um país urbano desenvolvido, onde há investimento, e um país rural abandonado e empobrecido. Este projeto é a prova de que no município de Guimarães essa resignação não existe”, afirmou.


Um projecto que tem em conta o caminho sustentável escolhido por Guimarães, sublinhou o autarca Domingos Bragança.  “Queremos ser referência para todo o país, para a Europa e para o Mundo”, sublinhou o autarca, recordando que a atividade agrícola é “sustentável e rentável”. O projecto “não aparece por acaso, tem a ver com o caminho da sustentabilidade ambiental e da nossa candidatura a Capital Verde Europeia”.


O projecto de incubação arrancou esta sexta-feira com a formalização dos contratos com 17 empreendedores, mas irá mais longe, de acordo com a vereadora do ambiente, Sofia Ferreira. “Outra medida a implementar serão os conjuntos de actividades inerentes a criação do acesso à terra; a  criação da bolsa de terras, que está em curso; um sistema de incentivos que oportunamente será tornado público; a transferência de conhecimentos e  realização de um conjunto de actividades”, enumerou.


A incubadora será gerida pelo Laboratório da Paisagem, em parceria com a Universidade do Minho (UM) e com a Universidade de Trás os Montes e do Alto Douro (UTAD). 

Áudio:

Três empreendedores explicam as motivações:

Mafalda Oliveira
Mafalda Oliveira

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