Ministro do Ensino Superior “repudia” abusos nas praxes
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), Manuel Heitor, lamenta e repudia os dois eventos associados a “praxes académicas” que foram noticiados nos últimos dias, confirmando o total apoio ao combate a manifestações de abuso, humilhação e subserviência realizadas entre grupos de estudantes, sejam no espaço público ou dentro das instituições.
Num comunicado enviado às redacções, Manuel Heitor declara que tem vindo a acompanhar os acontecimentos ocorridos nas Universidades da Beira Interior e em Évora sobre alegados actos de coação física ou psicológica sobre estudantes. O MCTES “repudia” as imagens degradantes que as praxes académicas transmitem à sociedade e considera que a integração dos novos estudantes deve ocorrer de forma positiva, em moldes que apresentem aos novos estudantes as vantagens da formação superior.
O ministro já entrou em contacto com o Director Geral do Ensino Superior (DGES), tendo já remetido toda a informação recolhida à Inspeção Geral da Educação e Ciência (IGEC) para que, os responsáveis sejam punidos de forma adequada “por todas as manifestações de poder, humilhação e subserviência associadas a praxes académicas, designadamente quando conflituam directamente com a missão do ensino superior e o propósito daqueles que o frequentam”, pode ler-se.
No documento enviado à comunicação social, o ministério salienta o número de denuncias monitorizadas pela DGESE relativas às praxes consideradas abusivas e violentas. No ano lectivo 2016/2017 receberam 18 denúncias, já em 2017/2018 o número foi menor baixando para dez alertas. Até ao momento, em 2018, a DGES recebeu cinco denúncias.
O Ministro Manuel Heitor reforça o que tem vindo a afirmar ao longo de várias sessões de acolhimento de estudantes nas últimas semanas em várias zonas do País e em diferentes instituições que “tudo fará para dar a volta à praxe, valorizando as iniciativas que já hoje procuram promover a liberdade e emancipação dos jovens”.
