Detecção do autismo é cada vez mais precoce

Eduardo Ribeiro, presidente da AIA, afirma que a sociedade portuguesa está cada vez mais sensibilizada para o autismo. Neste dia Mundial pela Consciencialização do Autismo, o presidente da Associação de Apoio e Inclusão ao Autismo de Braga reconhece os progressos no país, sobretudo nos anos mais recentes.
“Tem havido uma grande sensibilização pelas associações existentes que vai ao encontro real de uma certa população, nomeadamente educadores e professores, a primeira linha de detecção do autismo. De facto, este dia mundial que começou em 2007 veio ajudar e reforçar essa detecção”, começa por reconhecer aquele responsável.
O presidente da AIA admite também alguns progressos numa classe que, por natureza, se pensaria que poderia estar mais atenta e a par do autismo. “Nos últimos anos há uma maior detecção e mais precoce. A única população interventiva seriam os médicos, por incrível que pareça, mas penso que mesmo na classe médica a coisa já está a melhorar”, diz Eduardo Ribeiro.
O presidente da AIA lembra que se trata de uma patologia específica com sinais detectados no dia-a-dia, admitindo que por essa mesma razão, muitas vezes não são devidamente detectados pelos médicos. “A família sente que alguma coisa se passa com a criança, mas os médicos, como há atrasos no desenvolvimento em algumas crianças, no fundo desvalorizam estes sinais”, refere o dirigente da associação, acrescentando que “ultimamente já chegam algumas crianças sinalizadas pelos médicos, o que significa que já há uma maior atenção aos sinais”.
O presidente da AIA, a Associação de Apoio e Inclusão ao Autismo é o convidado desta noite do programa Campus Verbal, que pode ser ouvido logo depois das 20h00, na antena da Universitária 97.5FM
Áudio:
Presidente da AIA, Eduardo Ribeiro, em declarações à RUM
