Localização dos contentores. Agere aberta a sugestões

Entrou na recta final o processo de contentorização da Agere no concelho de Braga. Faltam colocar contentores em Nogueiró, Tenões e Gualtar. O atraso no processo de contentorização da Agere, segundo o administrador da empresa municipal, está relacionado com o código de contratação pública relativamente à colocação de contentores na via pública, devido à “contestação de alguns fornecedores”.
A implementação do ‘novo sistema’ arrancou há muitos meses, mas nem todos estão satisfeitos. O objectivo primordial passava pela mudança de cenário, já que ao longo de muitos anos em Braga o lixo foi colocado em pleno chão da via pública.
Para os bracarenses já era uma rotina, mas para os estudantes universitários e outros cidadãos que se deslocalizavam para Braga para viver por questões profissionais, as reacções eram comuns: estranheza e surpresa.
Entretanto, a actual gestão da Agere decidiu voltar a colocar contentores nas ruas de Braga, mas apresentando o novo sistema que apelidou como “revolucionário”. Em causa a lavagem e higienização de todos os contentores com regularidade. Apesar disso, a aterragem de contentores em Braga não agradou a gregos e troianos. Multiplicaram-se as críticas, que nas redes sociais continuam a ser um dos principais temas de conversa.
Diferenciação de contentores é uma questão de “gestão de dinheiros públicos”, insiste Rui Morais
Entretanto, o atraso na contentorização em todas as zonas mereceu também várias críticas, mas a polémica estalou quando na mesma freguesia – Real – foram colocados contentores de plástico e contentores metálicos (com preços e capacidades diferentes). A Agere justificou, e continua a justificar esta estratégia com a capacidade dos contentores e as ruas onde os mesmos são colocados. “É uma questão de boa gestão de dinheiros públicos” repete Rui Morais, em declarações à RUM. A estas críticas somam-se outras, como a localização dos contentores ou a regularidade com que o camião passa para fazer a recolha. “No projecto foram definidas três áreas de actuação, o projecto mantém-se. Posso entender que todos nós gostaríamos de ter aquele novo sistema, que é colocado de acordo com a densidade populacional. À medida que a densidade populacional de Braga se vai alterando, o sistema vai-se também ele modelando”. explica. Já sobre os dias de recolha, Rui Morais assegura que os estudos que foram feitos absorvem até os picos de alturas em que as pessoas produzem mais lixo em Braga. “A capacidade de contentorização absorve os picos”, diz.
Cidadãos devem reportar sugestões à própria Agere
Outra das críticas ouvidas é a localização, nem sempre a mais adequada, na óptica de alguns moradores. Rui Morais apela à população que envie as sugestões para a Agere, para que sejam estudadas as possibilidades.
“O sistema é totalmente dinâmico. Foi previamente definida a localização e nada impede que haja um ou outro ajuste. Estamos sensíveis a isso e o que pedimos às pessoas é que nos enviem as sugestões e conversem com a Agere”, esclareceu o administrador da Agere, alertando que muitas vezes os cidadãos “preferem usar as redes sociais” para manifestar o seu desagrado. Ainda assim, Rui Morais recorda que a mudança “tem que ser validada porque pode colocar em risco questões de trânsito ou de segurança das pessoas”.
De acordo com o administrador da Agere, apesar de algumas críticas negativas, a maior parte dos relatos que chegam à Agere são positivos.
Áudio:
Rui Morais, administrador da Agere em declarações à RUM
