AVC é a principal causa de morte em Portugal

Assinala-se, esta segunda-feira, o Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC).

O AVC é a principal causa de morte e incapacidade permanente em Portugal e segundo Filipa Santos, neurologista da unidade de AVC do Hospital de Braga, há dois tipos de AVC: “o isquémico, ou trombose, e hemorrágico, ou derrame cerebral”.

“No caso do isquémico há uma artéria que fica entupida e, dependendo do sítio, vamos ter diferentes sintomas. Já no caso do hemorrágico vamos ter a presença de sangue”, explicou.

Os principais sintomas são “a alteração da fala, a pessoa fala de uma forma muito enrolada, perturbação da linguagem, em que a pessoa começa a trocar as palavras, boca torta, falta de força no braço ou na perna ou alteração da sensibilidade, em que se queixam dos membros mais adormecidos”.

Perante algum destes sinais o melhor é contactar de imediato o 112.

O melhor tratamento do AVC, diz a neurologista, é a prevenção e, por isso, devemos apostar em hábitos de vida saudável.

Tabagismo, hipertensão arterial, colesterol alto, obesidade e sedentarismo são os principais factores de risco e que “devemos tentar controlar enquanto podemos”.

Nos países desenvolvidos, o AVC continua a ser um grave problema de saúde pública e, por isso, deve continuar a ser divulgado para sensibilizar a comunidade para a prevenção.

“Há causas que não são evitáveis e que são as tais predisposições genéticas, mas continuando a ser a principal causa temos que continuar a apostar na sensibilização para prevenir”, apontou a neurologista.

O tipo de AVC mais frequente é o isquémico, conhecido como trombose. A doença afecta mais os homens e a faixa etária acima dos 75 anos.

O Intituto Nacional de Emergência Médica (INEM) registou em 2017 mais de três mil casos de AVC, o que representa uma média de nove casos por dia.

Depois de Porto e Lisboa, surge Braga como uma das regiões com maior numero de casos de AVC registados e encaminhados pelo INEM, com 263 casos.

*Por Liliana Oliveira