UMinho estuda soluções para fim dos mestrados integrados

A Universidade do Minho vai repensar a sua estratégia para fazer face ao ponto final nos mestrados integrados, ciclos integrados de cinco anos em que três anos são de licenciatura e levam a um mestrado previamente definido. A medida do Governo deve avançar dentro de dois anos e vai ter particular impacto nos cursos de engenharias e psicologia.
Para o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, este é o tempo de reflectir sobre a temática para encontrar uma solução que possa tornar a oferta formativa da academia minhota mais apelativa e diferenciada das restantes instituições de ensino superior, e deste modo continuar a cativar mais estudantes.
Outra das apostas da universidade vai passar pelo ensino à distância.
A UMinho em números
Na reunião do Conselho Geral desta segunda-feira, dia 22 de Outubro, o reitor discutou com os conselheiros os resultados da academia minhota no que toca à primeira fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior. A UMinho conseguiu preencher 97% das vagas. Um pequeno decréscimo em comparação com o ano anterior, no entanto, a instituição está em quarto lugar como universidade do país com maior taxa de ocupação, atrás de Lisboa, Porto e Nova de Lisboa.
Para além disso, a Universidade do Minho ficou no terceiro posto no que diz respeito aos alunos com média igual ou superior a 17. Em primeiro lugar está a Universidade do Porto, com 52% dos alunos, seguida da Nova de Lisboa com 36% e a Universidade do Minho com 23,5% dos alunos.
O reitor prestou, também, esclarecimento sobre os resultados insatisfatórios dos cursos de Educação Básica, Optometria e Ciências da Visão, Protecção Civil e Gestão do Território.
No caso da nova licenciatura em Proteção Civil, Rui Vieira de Castro, avança que a falta de divulgação “adequada” pode ter comprometido bons resultados. No que toca ao curso de Educação Básica, a diminuição de candidatos está interligada com a disciplina de Matemática surgir como prova de acesso obrigatória. Mas, para o reitor da UMinho “não podem haver professores sem matemática”, avisa.
Uma das surpresas foi a licenciatura de Optometria e Ciências da Visão, que tem sofrido um decréscimo na procura por parte dos estudantes. A explicação pode estar relacionada com o não reconhecimento, por parte do Serviço Nacional de Saúde, desta especialidade.
