CMB aluga Edifício do Castelo por 5 mil euros

A Câmara Municipal de Braga vai arrendar o Edifício do Castelo, durante três anos, por cinco mil euros. A vontade do executivo foi anunciada pelo autarca Ricardo Rio na reunião de Câmara desta segunda-feira. A decisão não foi bem vista pelos vereadores  da CDU e PS.

A autarquia pretende instalar novas valências no Edifício do Castelo, entre elas o Laboratório de Inovação Urbana, onde serão alocados alguns bolseiros que serão contratados no âmbito da descarbonização, e o HUB de Inovação Social, que tem como finalidade apoiar o empreendedorismo de base social.

Opinião da CDU sobre o processo

Em declarações aos jornalistas, o vereador da CDU recordou que no anterior mandato “o imóvel foi alienado pela Infraestruturas de Portugal sendo que o executivo bracarense podia exercer o direito de preferência”, o que não aconteceu. Na reunião, o edil sublinhou que o edifício já tem acolhido iniciativas como o Braga em Risco. Carlos Almeida afirma que “mais vale tarde que nunca”, apesar de confessar que os moldes do processo “parecem completamente desajustados”. 

PS caracteriza a situação como “caricata”

Artur Feio comentou a postura do presidente da Câmara, sendo que este, durante 12 anos, criticou a proximidade que Mesquita Machado tinha com os construtores e imobiliárias. Neste momento, “vemos Ricardo Rio muito envolvido, se calhar até demasiado envolvido”. O PS não fica por aqui e descreve a situação como “caricata” pois a Câmara aliena património para depois arrendar o mesmo.

O vereador da oposição socialista questiona o porquê da autarquia não optar por utilizar o edifício do Pé Alado, também este alojado, para acolher estas novas valências. Artur Feio explica que “a junta de freguesia de S.Lázaro não precisa daquele espaço na íntegra, por isso era uma óptima solução de poupança e gestão financeira da parte do município” utilizar este imóvel.

Resposta de Ricardo Rio

O edil bracarense começou por informar que na altura a autarquia não continha o montante necessário para proceder à aquisição do Edifício do Castelo. Ricardo Rio destaca que “o edifício vale pelo seu todo e não apenas pela parte que foi alienada pela Infraestruturas de Portugal”. Sem perspectivas da Câmara ficar com todo o imóvel, o autarca afirma que não quiseram avançar com a compra. No entanto, no futuro, se as condições se alterarem, Ricardo Rio admite rever a decisão.

Neste momento, certo é que a Câmara vai instalar no Edifício do Castelo dois novos projectos: o Laboratório de Inovação Urbana  e o HUB de Inovação Social.