Refood Braga precisa de mais voluntários

Três anos depois de se instalar na cidade dos arcebispos, a Refood Braga já conta com mais de 100 famílias sinalizadas, 65 fontes de alimento (restaurantes e cafés) e quatro dezenas de voluntários que todos os dias dedicam duas horas aos bracarenses que atravessam dificuldades.

Segundo a responsável, Alice Campos, este é um “projecto com e para o futuro”, mas que neste momento atravessa uma fase mais atribulada devido às férias de verão da maioria dos voluntários, o que obrigou ao fecho das portas da instituição. “Estamos com uma falta de voluntários incrível e por isso tivemos de fechar uma semana. É muito complicado para nós porque queríamos realmente estar abertos todos os dias para cumprir a nossa missão social”, confessa.

A paragem no ensino, mais concretamente, na Universidade do Minho é outro dos factores que afecta o funcionamento diário da instituição, uma vez que muitos alunos e participantes do programa Erasmus+ que estão inscritos na iniciativa regressam a casa. Estas lacunas em termos de voluntários tornam o processo de distribuição “numa luta permanente”. 

De acordo com a responsável, todas as famílias são referenciadas pelas juntas de freguesia, segurança social ou directamente pela Refood quando são os próprios beneficiários a procurar esta ajuda. Alice Campos explica que a Refood tenta “ir além da comida”, preocupando-se também com os afectos. “Queremos saber como aquele beneficiário está e o que lhe falta para além da comida. Tentamos perceber se já tem condições , por exemplo, para aquecer a comida, se os filhos têm acesso à educação e também a nível psicológico se essa pessoa está saudável”, refere. 

Tendo em conta a necessidade de angariar mais voluntários, a Refood Braga está a apelar à comunidade através da página do Facebook para que os bracarenses se juntem a esta iniciativa. 

Os interessados em contribuir com alimentos podem deslocar-se à sede da instituição, na Avenida Dr. Artur Soares.