José Matos coordena estudo sobre pontes da Europa

José Campos e Matos, professor da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, coordena uma equipa internacional que está a uniformizar os métodos de controlo de qualidade das pontes na Europa.
À RUM, José Campos e Matos explicou que o projeto BridgeSpec adiciona três parâmetros aos estudos que têm sido realizados: “o custo para o utilizador se a via está indisponível; os riscos da ponte na segurança do utilizador; e o risco ambiental da estrutura se degradar e não haver intervenções”.
A equipa coordenada pelo professor da UMinho pretende avaliar questões como a capacidade das pontes para “o fluxo de tráfego e os custos necessários para garantir os níveis de qualidade mínimos exigidos”.
A trabalhar neste projeto desde 2015, José Campos e Matos antecipou à RUM os resultados que vão ser dados a conhecer no próximo ano, em Guimarães.
“Existe uma enorme discrepância entre os diferentes países, as condições para avaliar essas pontes não são as melhores, uma vez que são feitas por pessoas que não têm muita experiência, não são engenheiros”, detalhou. Além disso, “há também uma discrepância entre quem faz a avaliação da condição, quem vai ao local, e quem toma a decisão de onde investir na manutenção”, acrescentou o coordenador.
Este é um projeto que vai ter continuidade, uma vez que no próximo ano vai nascer a Associação Europeia de Controlo de Qualidade de Pontes e Estruturas (EuroStruct), cuja sede vai ter morada em Guimarães e será presidida por José Campos e Matos.
O objetivo, explicou o professor, “é garantir que quem faz a avaliação o faça de uma forma mais controlada e direcionada, de modo a que se detete atempadamente qualquer tipo de danos”.
O projeto BridgeSpec junta 250 peritos de 37 países e conta com 800 mil euros de fundos europeus.
EM 2019, Guimarães acolhe pessoas vindas de toda a Europa para conhecer e debater os resultados do projeto coordenado pelo professor da Universidade do Minho.
*Por Liliana Oliveira
Áudio:
José Campos e Matos, coordenador do projeto BridgeSpec, adianta algumas conclusões do estudo.
