UTAD vai estudar abate de 250 árvores em Braga

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) foi contratada pela Câmara Municipal de Braga (CMB) para avaliar o abate de 250 árvores, sobretudo nas freguesias urbanas. Até agora os serviços municipais identificaram 130 árvores a abater, mas a decisão final caberá a uma equipa especializada destacada pela Universidade de Vila Real.

Na reunião de câmara desta segunda-feira, o município recusou que se trate de falta de confiança nos responsáveis municipais para esta área, mas quer ouvir outras opiniões tendo em conta as amplas discussões em torno do assunto na sociedade bracarense.

Segundo o vereador do Ambiente, Altino Bessa, a área de estudo da equipa da UTAD vai abranger sobretudo as freguesias urbanas em “zonas consideradas mais perigosas” tratando-se de “uma questão de precaução”. 

Ricardo Rio, presidente da autarquia, diz que a estratégia passa sempre por “ouvir segundas e terceiras opiniões para limitar ao máximo os riscos de que possa ter existido uma apreciação menos cuidada da situação de risco e que possam existir outras soluções para mitigar esses mesmos efeitos”. Ainda assim, “a partir do momento em que há indicação de que há risco efectivo para as pessoas, as árvores são abatidas” assegurando a plantação de outras nesses ou noutros locais para compensar o abate, frisou.

Questionado pela RUM sobre se esta procura de outras opiniões, através dos serviços da UTAD, deveria ter sido feita antes do polémico abate de um pinheiro manso em S. Victor, Ricardo Rio recusa essa possibilidade. “A situação ali foi sinalizada como sendo de risco iminente. Naturalmente quando há riscos iminentes não temos muito tempo para estar a desenvolver estudos e procedimentos de contratação. Aí tivemos que actuar com a máxima celeridade possível para mitigar esse risco”, vincou.

O autarca saiu ainda em defesa dos serviços municipais, elogiando a competência de todos os que têm acompanhado cada avaliação.