Funcionários da Casa do Professor dizem-se ameaçados

Câmaras de vigilância apontadas enquanto trabalham, obrigatoriedade de registar o tempo em que realizam as tarefas, como dar banho aos pacientes, mudar fraldas ou limpeza das instalações têm vindo a “desgastar” a equipa de funcionários que trabalha na Casa do Professor. Dos cerca de 40 colaboradores, dois estão suspensos, aparentemente, sem motivo.

Cláudia Rocha trabalha há 22 anos na Casa do Professor como administrativa e no dia 12 de Junho foi suspensa. “Quando entrei ao serviço não tinha nem rato nem teclado do computador para trabalhar. Questionei a situação  e disseram-me que o computador estava com problemas. Passados cinco minutos estava a entrar o advogado, o presidente Hilário Sousa chamou-me ao gabinete e disse-me para assinar um documento”, denuncia. Até à data, Cláudia afirma que não sabe qual o motivo pelo qual foi suspensa, apenas sabe que foi acusada de “falta de lealdade e passagem de informação”.

Jorge Teixeira, Director técnico do lar, é outro dos funcionários suspensos. Aos jornalistas referiu que muitos dos colaboradores são remetidos a várias pressões como “registar diariamente, minuto a minuto, as suas funções, não sendo para questões de qualidade. Este ambiente desgastou e dividiu a equipa, principalmente, a equipa da manhã em que temos colaboradores a fazer tarefas que não lhes compete como de enfermagem, pois só temos enfermeiro três horas e meia de manhã”, avisa.  Jorge Teixeira está a ser acusado de “falta de zelo, quebra de lealdade e desobediência de uma ordem do superior hierárquico”. Os dois funcionários estão à espera da nota de culpa.

Esta segunda-feira, os funcionários asseguraram os serviços mínimos, daí não marcarem presença todos os colaboradores, explica o sindicato. A RUM tentou falar com o presidente da Casa do Professor, Hilário Sousa, mas este não quis prestar declarações aos jornalistas.