Professores assistem na AR ao debate sobre tempo de serviço

Centenas de professores de todo o país concentram-se por esta hora em frente à Assembleia da República (AR) a propósito do debate da contagem do tempo de serviço.
É mais uma acção de luta da classe docente, numa altura em que as únicas posições claras sobre a reposição dos dois anos, nove meses e dezoito dias pertencem ao PCP e ao Bloco de Esquerda.
Apesar disso, Júlia Vale, do Sindicato de Professores do Norte quer acreditar que o bom senso vai prevalecer uma vez que “há uma vontade expressa dos vários partidos de que o tempo conte na totalidade”. A situação coloca o Partido Socialista “numa posição de isolamento”. A esperança da classe docente é que “a partir de hoje os professores vejam ser reconhecida a justiça que até agora lhes foi negada”, explica.
A sindicalista afirma que a Assembleia da República deve perceber que “está na altura de assumir a responsabilidade e fazer o que tem de fazer já que o governo não teve essa capacidade”. Júlia Vale vai mais longe e aponta que a AR “não pode desiludir os professores”.
Em ano de eleições europeias e legislativas, os professores avisam que podem repetir um cartão vermelho ao governo, à semelhança do que aconteceu no tempo do Primeiro Ministro José Sócrates e da Ministra Maria de Lurdes Rodrigues. “Os professores mostraram que também votam e têm peso nas decisões das eleições. Agora depende também do Partido Socialista e dos outros partidos políticos assumirem as suas responsabilidades neste processo”, conclui.
Áudio:
Júlia Vale, do Sindicato de Professores do Norte, em declarações à RUM a partir de Lisboa
