Provedor do Estudante quer abrir gabinete em Azurém

A Provedora do Estudante da Universidade do Minho vai ter um espaço físico em Azurém. Este é um dos desafios lançados no dia em que Paula Cristina Martins tomou posse para um segundo mandato no cargo.
O desejo de uma maior aproximação à academia e um aprofundamento do cargo no seio da comunidade assumem-se com outros dos objectivos do mandato de dois anos que agora se inicia.
“Os desafios são de aprofundamento relativamente ao primeiro mandato que foi de conhecimento dos principais problemas e dificuldades do cargo”, explicou à RUM Paula Cristina Martins que assumiu que os mandatos até aqui foram de “criação da própria figura do provedor”.
Volvidos dois anos, Paula Cristina Martins revelou que o novo mandato vai incidir na defesa dos direitos de alguns estudantes, especificando que este “é um mandato que terá de ser numa lógica de aprofundamento dos direitos, numa lógica de participação e cidadania e olhando particularmente para aqueles estudantes que correm algum risco de invisibilidade e de exclusão dentro da própria universidade”.
“A Universidade do Minho é uma instituição cada vez maior e nem sempre pode estar atenta a algumas situações particulares de alguns estudantes”, reconheceu Paula Cristina Martins.
Num plano físico, a chegada ao campus universitário de Azurém é um dos grandes desígnios. Ainda assim, os intentos não se ficam por aí e Paula Cristina Martins apela a um maior apoio jurídico dado à figura do provedor como mote lançados para este novo mandato.
“Esperamos poder estar no campus de Azurém e aí ter uma presença física e simbólica. Não estar lá não priva os estudantes de recorrerem ao gabinete do Provedor, até porque o primeiro contacto é feito via email e telefone, mas reconhecemos que a presença física é importante”, explicou Paula Cristina Martins que acrescentou que a falta de apoio jurídico tem sido evidente no sentido de “sustentar dirimir alguns casos e reconhecer a sua fundamentação”.
Paula Cristina Martins é professora auxiliar do Departamento de Psicologia Aplicada da Escola de Psicologia da Universidade do Minho e foi, entre 2006 e 2009, vice-presidente do então Instituto de Estudos da Criança da UMinho. Foi ainda pró-reitora para o Ensino nesta academia.
O exercício da sua actividade abrange todos os órgãos, serviços e membros da Universidade e goza de total autonomia relativamente a estes órgãos. Tem como função apreciar as queixas, reclamações ou participações dirigidas pelos estudantes contra actos ou omissões dos órgãos e serviços da Universidade e terá a tarefa de actuar como mediador, assim como o de encontrar soluções.
