ASPA quer rejuvenescer com contributo da UMinho

A ASPA está aberta a receber novos elementos e apostada nos jovens da Universidade do Minho. A Associação para a Defesa, Estudo e Divulgação do Património Cultural e Natural inaugurou esta segunda-feira, ao final da tarde, a exposição “40 anos de Luta” no espaço B-Lounge da Biblioteca Geral da UMinho, no campus de Gualtar.
Aos microfones da RUM, Henrique Barreto Nunes não escondeu o desejo da associação em acolher novos elementos. “Estamos ansiosos por ter jovens e ter gente nova, gente diferente. Estamos abertos para quem se quiser aproximar de nós”, começa por confessar, reconhecendo que a estrutura “está frágil” por força da idade dos seus elementos. “Na verdade somos uma dezena de carolas, já estamos a ficar velhos, temos dois elementos nos órgãos directivos que saíram dos bancos da Universidade do Minho, mas estamos abertos e bem precisávamos de gente que nos ajudasse neste combate, com sangue novo, com outra força, com outra energia, e com o domínio das tecnologias, que podem dar uma força e uma capacidade de intervenção a esta associação que já tem 41 anos de existência”, vincou Henrique Barreto Nunes.
Henrique Barreto Nunes sublinha a importância do novo local da exposição da ASPA, uma vez que o que se pretende é “sensibilizar os bracarenses e não só para as questões do património”, sendo este “um local especial para sensibilizar e dar a conhecer a actividade aos estudantes da UMinho e aos próprios professores, muitas vezes alheados daquilo que se passa na cidade”. A ASPA propõe-se ainda em participar nalgum debate, guiar visitas que eventualmente professores e alunos queiram fazer. “Queremos mostrar como é que se luta pela defesa do património, mesmo com grandes riscos, mesmo enfrentado adversários terríveis”, sublinhou.
Uma exposição onde podem ser revistos 40 anos de lutas pela preservação do Património de Braga e do UMinho, “a evocação das inúmeras lutas travadas contra interesses obscuros, poderes económicos e político-partidários”, explicou. Henrique Barreto Nunes recordou que a ASPA foi “muito importante para o salvamento de Bracara Augusta, para a aquisição pelo Estado do Mosteiro de Tibães, ou para a classificação como Monumento Nacional das Sete Fontes”, além de “inúmeros combates travados”, que se reflectem numa associação “de resistência”, disse.
Áudio:
Henrique Barreto Nunes em declarações à RUM
