PCP questiona falta de técnicos na CPCJ

Depois de uma reunião com o presidente da Comissão de Protecção de Crianças de Braga (CPCJ), o PCP endereçou uma pergunta ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sobre a existência de duas técnicas com vínculos precários a trabalhar na instituição, sendo que o seu contrato cessa já no final deste ano. Entretanto, a CPCJ ficará “desfalcada”.
A deputada eleita pelo distrito de Braga, Carla Cruz defende que é “importantíssimo” que o Ministério e proceda à integração das técnicas no quadro. “Estas funcionárias já têm o conhecimento e experiência necessários para o desenvolvimento deste trabalho. Terminar com a rotatividade de colaboradores é essencial para que estes jovens se sintam confortáveis. Desta forma, a instituição não tem de iniciar todo o projecto de reinserir a equipa junto das famílias e jovens”, começa por justificar.
De acordo com dados de 2017, estes funcionários trabalharam com casos de violência doméstica (177), negligência (109), exposição a comportamentos desadequados (68), absentismo escolar e comportamentos desaquados, com o mesmo número de sinalização, (59), maus tratos físicos (25), maus tratos psicológicos (12) e de abuso sexual (11). No total são 1087 processos activos.
Assim sendo, o PCP pede esclarecimentos sobre o reconhecimento do Governo no que toca à falta de profissionais naquela instituição, questiona sobre a regularização da situação das duas técnicas com vínculos precários e, ainda, sobre a previsão do Governo de abrir concursos externos para a contratação de mais técnicos para a CPCJ de Braga e para as demais CPCJ’s do país.
Áudio:
A deputada do PCP, Carla Cruz sobre a situação na CPCJ de Braga.
