“É para vós e por vós que tudo isto existe”, Nuno Reis

“É para vós e por vós que tudo isto existe”. Um ano depois, Nuno Henrique Vieira Reis reafirma os votos de compromisso para com a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) como líder máximo dos estudantes. A tomada de posse dos novos órgãos aconteceu ao final da tarde desta sexta-feira, 4 de Dezembro, na Reitoria da Universidade do Minho.
As primeiras palavras do presidente da AAUM foram de “responsabilidade” no balanço do último ano, em que elevou a temática do alojamento e propinas como os grandes chavões do mandato.
“Preocupamo-nos e cuidamos da sociedade, a partir da Academia”
Nos dias de hoje, a AAUM vê as negociações entre a tutela e a academia minhota para resolver o problema das residências universitárias chegar a bom porto. Neste momento estão previstas a construção de duas residências em Braga e Guimarães.
Também a partir do próximo ano lectivo, “graças” ao Movimento Associativo Nacional, o Governo vai reduzir o valor das propinas. “Pequenas vitórias que significarão muito para as economias dos agregados familiares num futuro próximo”, disse. Uma afirmação subscrita pelo reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, que declarou no seu discurso que a academia minhota conta com “um dos maiores números de estudantes bolseiros no país”.
No último mandato, a direcção da AAUM, recordou o representante máximo dos estudantes, desenvolveu um estudo em que promoveu a “reflexão social” sobre o tema do alojamento, recusou o aumento do valor da refeição social e organizou o Mundial Universitário de Ciclismo. Nuno Reis destacou o sucesso das medidas de sustentabilidade ambiental nos eventos recreativos da AAUM que diminuíram o desperdício e consumos, com destaque para a Recepção ao Caloiro.
Segundo o presidente, 2018 foi o ano com “o maior bolo de subsídios de sempre aos núcleos e secções”, para além de terem sido alcançados recordes em todas as actividades do departamento de saídas profissionais e empreendedorismo.
“Porque sabemos que onde existe vontade existe sempre um caminho”
Nuno Reis traçou novas metas para o seu segundo mandato à frente da AAUM. A sede da associação na cidade dos arcebispos é o grande desafio de 2019, uma vez que, em Azurém, as obras estarão “prestes a avançar”.
Sobre a problemática, Rui Vieira de Castro explicou que “existem perspectivas diferentes” entre ambas as partes. Neste momento a solução proposta pela UMinho não encaixa nos moldes da AAUM. O reitor deixou a garantia de que “as conversações vão continuar” e está certo que irão chegar a um consenso uma vez que o “velho edifício na rua D.Pedro V já não tem condições para acolher a estrutura estudantil”.
Entre as actividades em destaque para este novo mandato estão o Enterro da Gata, uma vez que vai mudar de local e obrigar a uma reestruturação e a organização do Europeu Universitário de Futsal.
“É preciso deixar de tapar buracos no Ensino Superior”.
Nuno Reis garantiu que durante o mandato vai continuar a ser uma voz activa no que toca ao aumento do investimento por parte do Governo no Ensino Superior. “Apenas 0,38% do PIB é gasto pelo Estado Português nas Universidades Públicas”, o que resulta num sistema pouco competitivo e com elevadas taxas de abandono escolar, “sinais de um sistema de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior prestes a colapsar”. Logo, é necessário pensar em soluções a longo prazo.
O presidente da AAUM vê com bons olhos o programa que está a ser desenvolvido pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, porém defende que é fulcral inserir os jovens nessa discussão. “Queremos uma reestruturação do ensino superior que passa por mais financiamento, qualidade e organização”, vincou.
Áudio:
O presidente da AAUM, Nuno Reis, a enumerar aos microfones da RUM alguns dos desafios para este mandato.
