Braga volta a marchar pelos direitos LGBT

Este sábado à tarde Braga é palco da VII edição da Marcha pelos direitos LGBT. O evento que arranca no Arco da Porta Nova e segue até à Avenida Central é organizado desde 2013 pelo colectivo Braga Fora do Armário.
A cada ano é lançada uma mensagem específica. “Combater a opressão, ninguém larga a mão” é o lema de 2019. Pedro Godinho, uma das vozes do colectivo de Braga, afirma que o conteúdo deste lema já vem sendo falado nos últimos anos, “sinal de que ainda há muito para fazer e que as coisas não estão tão bem como se gostaria”. Os sinais da Europa e de países como o Brasil “são bastante preocupantes” daí que continue a ser necessário insistir nesta matéria.
Pedro Godinho afirma que em Portugal há ainda muitos sinais de discriminação. Recentemente um colectivo português colou 4 mil cartazes a falar contra a ideologia de género, o que preocupa o colectivo que salienta que estas pessoas podem ainda não ter chegado ao parlamento português, mas os grupos estão activos em Portugal. O membro do colectivo Braga Fora do Armário defende por isso que “é necessário união entre as pessoas, sejam elas LGBT ou apoiantes da causa”.
Portugal é um dos países cujas leis mais protegem a comunidade LGBT quando comparado com outros países na Europa, mas Pedro Godinho afirma que é preciso fazer mais no dia-a-dia. As marchas LGBT são uma das formas de luta. “A cidade apesar de que ainda com vergonha e vaidade vai percebendo o que significa dignidade. Há mais espaço, as pessoas já respeitam verem outras pessoas num bar, mas ao mesmo tempo ainda há muitas bocas por trás também”, denuncia.
O percurso começa no Arco da Porta Nova e segue até à Avenida Central onde será colocado à disposição um microfone para todos aqueles que queiram deixar mensagens alusivas ao tema.
Áudio:
Pedro Godinho do Colectivo Braga Fora do Armário
