“INL tornou-se um grande actor de inovação”

No dia em que comemorou o seu 10.º aniversário o INL viu o seu trabalho elogiado por vários agentes do panorama nacional e internacional.

A sessão decorreu ao final da tarde desta terça-feira, na INL Summit, no Altice FORUM Braga.

Apesar da ausência, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não deixou de assinalar o contributo que o Laboratório de Nanotecnologia tem dado à sociedade, referindo, numa mensagem de vídeo, que “embora o INL comemore 10 anos parece que é muito mais, dadas as muitas conquistas e quão rápido se tornou um grande actor científico e de inovação, em Portugal, na Península Ibérica, e internacionalmente”.

Marcelo, enumerou ainda quatro características que descrevem a acção do INL ao longo da última década.

“Antecipação. O INL foi o primeiro laboratório do mundo dedicado às nanotecnologias. Depois, cooperação, porque desenvolveu uma grande cooperação com a região, com muitas empresas, contribuindo para melhores soluções do ponto de vista tecnológico, ambiental e económico”, apontou Marcelo, acrescentando “abertura e inovação” por se tratar de uma “instituição que tem como objectivo servir a comunidade”.

“Como Presidente do país, estou muito feliz de fazer parte destas celebrações. Desejo tudo de bom para o seu futuro e para o futuro de todos aqueles que fazem parte do INL. Espero que daqui a 10 anos possamos celebrar conquistas ainda mais extraordinárias”, finalizou o Presidente da República. 

Rafael Rodrigo, secretário-geral para a política de Ciência do Governo de Espanha, marcou presença na sessão e destacou a posição internacional do INL. O governante começou por dizer que “o INL se concentrou na pesquisa para áreas cruciais”, com “cientistas e engenheiros de todo o mundo, que trabalham num ambiente interdisciplinar muito elevado”.

“Devemos estar muito orgulhosos da investigação que o INL já alcançou, apesar da crise financeira que enfrentamos anteriormente”, apontou o governante, que diz que “Espanha está totalmente empenhada com o presente e o futuro do INL”.

Rafael Rodrigo afirmou ainda que quando Portugal e Espanha unem esforços conseguem ir mais longe e acrescentar valor.

Já Paulo Ferrão, presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, considera que o INL representa a ambição para o futuro da ciência e destacou três factores: “O primeiro é a internacionalização, o segundo é criar novas fronteiras para o conhecimento cientifico, fornecendo infraestruturas internacionais de alto nível para a massa crítica de investigadores, redobrando barreiras dos domínios científicos e promovendo interdisciplinaridade, e o terceiro factor é demonstrar que o investimento na ciência é, provavelmente, a maneira mais eficaz de possibilitar o valor económico acrescentado”.

O presidente da autarquia, Ricardo Rio, também marcou presença na cerimónia dos 10 anos do INL, e relembrou que “a criação deste projecto, há 10 anos, foi uma contribuição revolucionária para o desenvolvimento da cidade”.

“Acho que nos últimos anos temos trabalhado em conjunto e pudemos ajudar no desenvolvimento do INL”, mas, acrescentou, “temos também sustentado uma imensa transformação da cidade de Braga, que é uma cidade mais cosmopolitana, inovadora e que se colocou no mapa global da inovação”.

Lars Montelius, director geral do INL, salientou a responsabilidade científica num mundo em aceleração onde todos são importantes para a construção de uma visão global integrada.

Já o primeiro director do INL, José Ribas, afirmou que o INL foi o projecto mais importante da sua carreira. Para Ribas é importante aumentar a competitividade na área da tecnologia. 

*Por Liliana Oliveira