Menos verbas do Estado preocupam novo administrador e reitor

Carlos Menezes, novo administrador da Universidade do Minho, tomou posse esta tarde, no salão nobre da reitoria da Universidade do Minho. Os constrangimentos financeiros das instituições de ensino superior públias marcaram os discursos, sobretudo do reitor Rui Vieira de Castro. O responsável máximo da Academia Minhota lamentou, uma vez mais, que o Estado continue em incumprimento face aos acordos assinados com as instituições de ensino superior.

Rui Vieira de Castro realçou, uma vez mais, que o valor a transferir pelo Governo para a Universidade de modo a suportar as valorizações remuneratórias seria de cerca de 477 mil euros. Ainda assim, sem transferência de verbas, a UMinho terá de utilizar mais de 40% das receitas para suportar os encargos, não previstos, e que rondam os 300 mil euros. Recorde-se que no contrato firmado com o Governo, o mesmo comprometia-se, “sempre que existissem alterações legislativas com impacto no orçamento das universidades, esse seria absolvido por transferências do orçamento de Estado”, mas tal só aconteceu a menos de 60%, no caso da UMinho. Entretanto, Rui Vieira de Castro informou já endereçou duas cartas, uma delas ao Ministro das Finanças e outra ao Primeiro Ministro.

De acordo com o reitor, estas responsabilidades, que deviam ser pagas pelos cofres do Estado, colocam a UMinho numa situação “gravíssima” podendo até comprometer o bom funcionamento da academia minhota. Só com a entrada dos 32 trabalhadores que estavam com vínculos precários para os serviços de acção social e de 121 para unidades orgânicas é necessário mais de um milhão e meio de euros.


Em declarações aos jornalistas, o reitor afirmou que a Universidade do Minho tem “uma grande capacidade de reacção”, uma vez que só este ano conseguiu 42 milhões de euros para investigação. No entanto, alerta que “esta capacidade tem limites”.


Quanto ao novo administrador, Carlos Menezes, apenas informou a vasta plateia na Reitoria da UMinho, que vai seguir um modelo de “sustentabilidade financeira para combater os desafios actuais” do ensino superior salientando que a academia minhota “tem de suportar as suas despesas com mais de 50% de receitas próprias”. 



Vanessa Batista
Vanessa Batista

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