BE quer maior fiscalização nas estradas de Braga
O Bloco de Esquerda (BE) quer que haja uma maior fiscalização nas estradas bracarenses. O deputado do BE, Pedro Soares, e a candidata bloquista à Câmara Municipal, Paula Nogueira, reuniram esta sexta-feira com o novo comandante da Polícia de Segurança Pública (PSP), que está em funções há cerca de uma semana. O Bloco considera que existe falta de fiscalização nas estradas bracarenses, tendo havido aumento da sinistralidade, o que causa “um sentimento de insegurança” na comunidade.
“Verificamos, na conversa, que há uma grande falha na Polícia Municipal que, por opção desta maioria, está sobretudo entregue a funções de natureza burocrática e não anda na rua. Além disso, está sem coordenação há cerca de dois anos”, começou por revelar a bloquista Paula Nogueira. Esta é uma questão que “preocupa” o Bloco e, por isso, brevemente, pretende falar com os responsáveis da Polícia Municipal.
Pedro Soares revelou que a Polícia de Segurança Pública de Braga não tem meios para realizar a fiscalização. “O Comandante foi muito claro e admitiu que os meios que a PSP de Braga dispõe são insuficientes. Ele tem que tomar opções”, lamentou. De acordo com o deputado na Assembleia da República, a intenção do comandante da PSP é dividir com o município a responsabilidade e fiscalização. “A PSP ficaria com as situações mais graves, com investigação de acidentes que envolvam vítimas, situações relacionadas com o excesso de velocidade ou na taxa de alcoolemia. Já a Polícia Municipal ficaria com cumprimento dos regulamentos municipais, estacionamento e circulação nas vias pedonais”, explicou.
A candidata Paula Nogueira defende, por isso, a colocação de radares em algumas vias da cidade, já que considera que os sinais de medição de velocidade colocados recentemente “não estão a ter efeito nenhum”. “Temos que passar da fase de pedagógica para a verdadeira intervenção, com a colocação de radares com fotografias, para que as pessoas sintam na pele e se habituem”, referiu.
“A ideia que as pessoas têm é que ha um sentimento de impunidade, que a cidade não está a ser vigiada nem fiscalizada, que cada um anda à velocidade que quer e estaciona onde quer. Estamos numa espécie de «faroeste» sem tiros”, descreveu. O Bloco considera que a falta de fiscalização põe em causa os direitos dos ciclistas, dos peões e dos condutores que cumprem as regras.
