Jerónimo de Sousa no INL. “Foi uma visita diferente das habituais”

O secretário geral do PCP disse hoje que também é positivo visitar bons exemplos do que se faz no nosso país, referindo-se ao caso do Laboratório Ibérico de Tecnologia, em Braga.
Jerónimo de Sousa esteve ao início da tarde desta quarta-feira no INL, onde conheceu a realidade do laboratório ibérico e as múltiplas investigações de ponta que ali se desenvolvem pela mão de centenas de investigadores de mais de quarenta nacionalidades. Considerando que se trata de uma instituição “importantíssima no plano da investigação e novas tecnologias”, o comunista vincou que é preciso “levar a sério a necessidade do investimento na investigação porque o futuro vai passar por aí”.
Admitindo que não é comum fazer visitas destas, Jerónimo disse que também é bom conhecer casos de sucesso. “Geralmente o PCP visita locais onde existem grandes dificuldades e as situações piores, e também é bom vir conhecer esta realidade, particularmente numa matéria tão importante que vai determinar o nosso futuro”, afirmou.
Não sendo o INL um dos exemplos de precariedade laboral, Jerónimo de Sousa aproveitou para lamentar que o PS não tenha ouvido mais o PCP no que respeita ao combate à precariedade. “A questão da precariedade atinge brutalmente os investigadores. A insegurança tendo em conta o vínculo é o que mais os preocupa tendo em conta que não podem planear a sua vida, o seu futuro. É fundamental concretizar este aspecto, para um posto de trabalho permanente é preciso um contrato de trabalho efectivo”, esclareceu.
Questionado sobre se o PREVPAP foi uma oportunidade perdida no sector da investigação, Jerónimo de Sousa prometeu insistir no assunto na nova legislatura.
Depois desta visita ao INL em Braga, o secretário geral do PCP seguiu para Guimarães para um encontro com trabalhadores do sector têxtil, conhecido pelos baixos salários. Um sector afectado também com o alargamento do período experimental aprovado pelo governo socialista. Jerónimo disse que se trata de “um retrocesso” que é preciso combater na próxima legislatura.
