A “festa do jazz” dura dez dias em Guimarães

Está quase aí a 26ª sexta edição do Guimarães Jazz. Serão dez dias, de 8 a 18 de Novembro, onde a “festa” do jazz acontece em Guimarães com vários concertos, jam sessions e workshops. No ano passado, o certame celebrou 25 anos de festival. Para esta edicao assinalam-se os cem anos decorridos desde a gravação do promeiro disco de jazz, um género até aí desconhecido.

Esta sexta-feira, na apresentação do evento, Ivo Martins, programador do festival, falou sobre o tema que marca esta 26ª edição. “Foi em 1917 que a Original Jass Dixieland Band gravou um tema que foi considerado o primeiro tema gravado da história do Jazz. A gravação foi muito importante para o jazz, era improvisada e vem de uma forte tradição oral. O disco transforma-se em documento e é através dele que o jazz se «congela»”, começou por sublinhar.


O programador destacou o concerto de dia 9 de Novembro, da All Star Orchestra Plays Jazz – The Story, que, no fundo, “sintetiza todo o festival”.”É um grupo de músicos importantíssimos. Vem fazer uma espécie de viagem precisamente a estes 100 anos. “Será um concerto multimédia, com narrador, imagens, documentos e testemunhos”, sublinhou.

José Bastos, presidente da direcção da Oficina, destacou o percurso de um festival que quer sempre ir mais longe. “O festival fez o seu caminho, afirmou-se e consolidou-se. Conseguiu ultrapassar as dores de crescimento e teve capacidade de navegar apesar dos ventos contrários, aos quais conseguimos resistir”. Este ano, apresenta-se, de acordo com José Bastos, “um programa, mais uma vez, de qualidade”.


O Guimarães Jazz é uma organização da Oficina, Câmara Municipal e Associação Convívio. César Machado, presidente da direcção da Associacao Convívio, lembra o impacto que o festival teve na cidade, nomeadamente através do festival “o Verão é Jazz”, a escola de Jazz do Convívio e a programação regular da associação que são “resultado indirecto” do festival e não exisitiram sem ele.


A autarquia vimaranense apoia o Guimarães jazz e, em representação da mesma, a vereadora Adelina Paula Pinto saudou a componente formativa do festival.  “Apesar de sermos um concelho jovem, temos alguma dificuldade em trabalhar com eles. Tudo aquilo que seja útil e capture os nossos jovens é importante”, sublinhou.


A governante lembrou também o esforço de Ivo Martins em integrar nomes femininos de qualidade no festival, como é o caso de Allison Miller’s com Boom Tic Boom. “Saúdo a abertura às mulheres, numa altura me que muito se fala de mulheres pelas piores razões, tendo em conta a desgraça da semana passada”, referindo-se ao Acórdão do Tribunal da Relação do Porto. “Aliam a qualidade e a competência, em áreas que não são habitualmente do público feminino, mas que devem passar a ser”, frisou.


O Guimarães Jazz acotnece de 8 a 18 de Novembro no Centro Cultural Vila Flor e na Plataforma das Artes e da Criatividade. Os bilhetes para cada concerto variam entre os 5 e os 15 euros. O passe geral custa 70 euros. O programa completo pode ser conhecido aqui.

Mafalda Oliveira
Mafalda Oliveira

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