“A gosto de Verão”. Cinema ao ar livre para todas as idades

De 7 a 11 de Agosto, o Parque da Ponte, em Braga, recebe a quarta edição do cinema ao ar livre “A gosto de Verão”. Uma parceria entre a Câmara Municipal e o Cineclube Aurélio da Paz dos Reis que promete cinco dias com inúmeras opções de acesso gratuito pensadas para toda a família.

Na conferência de imprensa desta manhã, a vereadora com o pelouro da cultura na Câmara Municipal de Braga, Lídia Dias, salientou que esta é a continuidade de um projecto que tem “ajudado a promover o Parque da Ponte” como um espaço de convívio junto dos bracarenses. “Pensamos num programação para todos os públicos com enfoque nas crianças e jovens”, explicou. No caso do tempo não estar convidativo para uma noite no parque, os filmes passam a ser exibidos na videoteca daquele local. 

O organizador do Cineclube Aurélio da Paz dos Reis, Miguel Ramos, ficou encarregue de apresentar o vasto leque de escolhas deste “A gosto de Verão” que, pela primeira vez, conta com um dia dedicado a curtas-metragens. O cinema ao ar livre abre portas com o cine-concerto produzido de raiz pelas mãos do artista bracarense Daniel Pereira Cristo e o seu convidado Hélder Costa, que vão ser os autores da banda sonora das três partes da curta metragem “Karl Valentim”. A mesma vai estar em destaque até ao dia seguinte altura em que será apresentada pelo actor e fundador do Teatro da Cornucópia, Luís Miguel Cintra. 

“Trata-se de um filme feito nos anos 70 que tem cinco episódios, na altura para poder passar na televisão pois a obra conta com cerca de duas horas na íntegra, e nós vamos passar uma delas que se chama “Karl Valentim na orquestra”. Convidamos o Luís Miguel Cintra para nos falar sobre o episódio e explicar o que o mesmo significou para aquele momento da companhia, porque foi feito entre outros aspectos. Na “Mostra Documental” vamos ter o vinil da tradução em exposição”, explicou Miguel Ramos.

Esta “Mostra documental” da Cooperativa Grupo Zero e o Teatro da Cornucópia vai permitir o acesso a fotografias, cartazes, livros e filmes que demonstram toda a investigação feita para a obra de cinco episódios. O dia 8 de Agosto é dedicado também ao cinema na língua de Camões, com a apresentação da película “A Caixa”, de Manoel Oliveira, uma obra de 1994 que “retrata a história de um velho cego que tem por sina o roubo dae uma caixa preta de madeira pintada com a misteriosa sigla “ABLE”. Este clássico demonstra ainda a interpretação brilhante do Luís Miguel, que interpreta o cego sem óculos”. Um filme que resulta da adaptação da peça de Prista Monteiro, médico pneumologista de Manoel de Oliveira. 

 No dia 9 de Agosto, o cinema ao ar livre apresenta uma sessão recheada de curtas metragens com destaque para a “Ilha das Flores e demais trafulhices”, assim como “Green screen Gringo”, uma estreia em solo luso. “Este filme diz-nos muito sobre a comunicação actual. Se formos com um olhar ingénuo parece uma curta clássica, mas estamos enganados. No final do filme será exibido o making off do filme, vamos pôr a nu todos os detalhes para contribuir para o olhar educativo. É de facto uma curta muito inteligente”, assegura. 

Já no dia 10 o foco passa para o papel da mulher e da família no século XXI com o cinema internacional pela obra “Como nossos país”. “Pareceu-nos fundamental passar este filme, em Braga, pois esta é de facto uma cidade familiar”. Para terminar, o sábado é dedicado ao cinema de animação pela história da “Raposa manhosa e outras histórias“. “É uma longa metragem, feita em três partes, em que um grupo de animais decide fazer uma peça de teatro. É um filme salpicado de humor tanto para os mais novos como para os mais adultos com humor negro”. 

O cinema ao ar livre tem inauguração marcada para as 22h30 do dia 7 de Agosto.