ACESAS recorda o antes e o depois do 25 de Abril em Braga
Conhecer e recordar momentos do período de ditadura e a revolução de Abril em Braga é o mote para mais um conjunto de visitas guiadas organizado pela ACESAS, intitulado ‘Da ditadura à Liberdade’.
O grupo de intervenção cultural que ao longo do ano procura promover um conjunto diversificado de visitas guiadas, repete, ao longo dos próximos dias, percursos pelo centro histórico da cidade acompanhados de verdadeiros guiões de conteúdo relevante desde a ditadura até à liberdade.
As visitas abordam o período entre 1926 e 1976 “que marcam a história de Portugal e a história da cidade de Braga”, começa por referir Maria Betânia Ribeiro, uma das bracarenses ligadas à ACESAS. Ao longo da visita é recordado o período da ditadura militar, Estado Novo, Revolução dos Cravos e PREC. O roteiro passa por diferentes locais e é acompanhado de “pessoas que viveram alguns desses momentos e que se recordam de histórias contadas por outras pessoas e que enriquecem também a visita”, assegura aquela porta-voz.
A lateral da Sé é o ponto de encontro para o arranque destas visitas guiadas que se realizam a partir deste sábado e até à próxima terça-feira, todos os dias, sempre às 17H00. O percurso pelo centro histórico passa pela Praça do Município, Campo da Vinha, Avenida Central e Avenida da Liberdade “tendo como um guião a poesia da época, os documentários e reportagens que foram feitas sobre as vindas de Salazar a Braga”, acrescentou Maria Betânia Ribeiro, sublinhando que se tratam de visitas guiadas dirigidas a nacionais e estrangeiros que devem ser feitas por qualquer bracarense.
A antiga sede do PCP, incendiada durante o Verão quente, e o Theatro Circo são dois espaços destacados neste roteiro. Maria Betânia Ribeiro, uma das responsáveis pelas visitas guiadas Free Walking Tour recorda a sala de espectáculos de Braga como “um local onde passava a propaganda do Estado Novo, mas que também foi um local de confrontos durante as campanhas eleitorais entre apoiantes dos candidatos do regime e apoiantes dos candidatos liberais”, rematou.
