ACT não está satisfeita com número de acidentes registados

Tem havido menos vítimas mortais resultantes de acidentes de trabalho em Portugal. Os dados foram divulgados pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) que, ainda assim, não está satisfeita com o desempenho. 

Esta diminuição pode ser explicada, segundo a entidade, pelas medidas preventivas aplicadas, mas também pelo desacelerar dos sectores onde há mais riscos associados ao longo dos últimos anos. Manuel Maduro Roxo, da ACT, dá conta desta evolução e explica que esta quebra na mortalidade “tem acontecido nos últimos 20 anos”.

“Temos cerca de 190 casos por ano e há 20 anos eram cerca de 300. Não me posso considerar satisfeito porque sei que estes sectores estão em diminuição e retracção”, considerou o responsável.

Ainda assim, o responsável na ACT explicou à RUM que “deve existir uma adaptação às novas exigências de alguns sectores de actividade”. “Algo tem que mudar porque tudo mudou. Temos de estar atentos para projectar o que pode ser feito no futuro, daí a Campanha Ibérica de Prevenção de Acidentes de Trabalho ter por objectivo centrar-se no que está a acontecer para fazer com que haja capacidade de intervenção sobre os factores de risco para que estes não tenham efeitos nefastos no futuro”, acrescentou.

A construção civil, agricultura, indústria extractiva, química e os transportes são os sectores onde há uma maior prevalência de acidentes. Após a legislação aplicada em 1995, estes sectores conseguiram, em parte, adaptar-se, mas Manuel Roxo assume que é tempo de alargar a área da actuação da ACT a outros sectores onde o risco de acidentes não é tão grande.

“O que procuramos fazer é convencer empresas de outros sectores de actividade para fazerem o seu próprio trabalho. As políticas públicas deverão virar-se para estes sectores”, aludiu o responsável da ACT que participou na tarde desta quinta-feira na abertura de um seminário sobre prevenção de acidentes de trabalho e que juntou na Associação Industrial do Minho especialistas nacionais e da Galiza a debater o tema. 

Daniel Silva
Daniel Silva

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