Adeus, 2017: altos e baixos marcaram a cultura

Em 2017, a cultura ficou marcada pelo nome Harvey Weinstein. Mais de 80 mulheres dizem ter sido assediadas ou violadas pelo produtor. Homens e mulheres sentiram-se confiantes para denunciar as agressões sexuais que sofreram. Actores, políticos ou realizadores foram acusados de assédio sexual, com milhares de mulheres e homens a contarem a sua história. Foi aqui que foi criada a #meToo (eu também, em português).
2017 foi também o ano em que nos despedimos. Zé Pedro, John Hurt , Charles Bradley, João Ricardo, Chester Bennington e Batista Bastos são apenas alguns dos nomes que nos deixaram.
Mas também houve momentos positivos na cultura em 2017. Portugal venceu o festival Eurovisão da canção pela primeira vez, com o tema “Amar pelos dois”, composto por Luísa Sobral e interpretado pelo irmão, Salvador Sobral.
A participação portuguesa inédita no festival Eurosonic teve impacto de 900 mil euros. Portugal foi, pela primeira vez, o país em destaque no festival especializado, em janeiro, na Holanda, onde estiveram cerca de 100 profissionais e 21 artistas e grupos. Marta Ren & The Groovelvets foi a principal representante de Portugal.
De Cannes a Berlim, o cinema português cumpriu mais um ano de prémios. Mas foi “A fábrica de nada”, longa-metragem de Pedro Pinho, estreada em Cannes, em maio, que se transformou no filme português mais premiado este ano, a nível internacional.
Pela região, ficou o anúncio de que Braga quer ser Capital Europeia da Cultura em 2027 e que Braga é cidade criativa nas Media Arts, com a candidatura aprovada pela UNESCO. 30% da plateia do SEMIBREVE veio de outros países, em mais uma edição esgotada. O Theatro Circo celebrou 102 anos com Olga Roriz e foi palco também do Festival para Gente Sentada, em mais uma edição em Braga com Julien Baker e Perfume Genious, entre outros.
Guimarães celebrou os 150 de Raúl Brandão com o seu primeiro festival literário. Lula Pena e Dead Combo esgotaram mais uma edição do Manta no CCVF. Mucho Flow, L’Agosto, o Verão é Jazz, Missa do Galo e também do Coelho, Vaim’abanda, Suave Fest e Guimarães noc noc mexeram com a cultura em Guimarães, num ano que fechou ao ritmo da 26ª edição do Guimarães Jazz.
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