AIMINHO confirma PER e vai processar Estado português

A Associação Industrial do Minho confirmou, esta segunda-feira, que pediu, há duas semanas, um Processo Especial de Revitalização (PER) para poder renegociar taxas de juro e prazos de pagamento de dívidas ao sector financeiro.

António Marques, em declarações à RUM, garantiu que o PER foi pedido para fazer frente a alguns problemas financeiros da associação e não para responder a um pedido de insolvência interposto pelo Novo Banco e outros credores, tal como o Jornal de Notícias afirmava na edição desta segunda-feira. 

“A AIMINHO não tem a notificação de qualquer pedido de insolvência. Nem de qualquer banco, nem que qualquer credor”, afirmou António Marques que admitiu que o PER aparece para “resolver um problema de imediato” e “para obter as melhores condições de taxas de juros e de prazos com o sistema financeiro no sentido de acomodar o recebimento dos milhões que o Estado deve”.

AIMINHO vai processar Estado português

“A AIMINHO apesar da situação sólida financeira, desenvolve projectos, para os desenvolver necessita de se endividar e se o Estado não paga, não poderemos pagar às instituições que nos financiam os projectos”, explicou à RUM António Marques que assumiu que, devido a esta dívida do Estado, vai voltar a fazer um pedido de indemnização ao mesmo, no início de Abril.

“A AIMINHO tem um conjunto de providências cautelares que estão nos tribunais e vamos intentar mais uma acção, um pedido de indemnização ao Estado, que deve entrar na primeira semana de Abril para procurar resolver a questão”, disse. “Não vou entrar em detalhes mas posso dizer que são valores na ordem dos milhões”, admitiu em resposta à RUM.

Estes valores são referentes a quadros de apoios estatais contratualizados, mas que ainda não foram saldados.

António Marques mantém-se na direcção até resolver PER

António Marques vai manter-se no comando da AIMINHO até negociar PER

A AIMINHO tem Assembleia Geral marcada para esta sexta-feira. Será uma reunião em que serão discutidos o Relatório de Actividades e as contas referentes a 2016. A RUM sabe que, depois desta reunião iria acontecer uma assembleia eleitoral que dava início ao processo de sucessão de António Marques na direcção dos destinos da AIMINHO. Recorde-se que, neste momento, André Vieira Castro era o único candidato assumido para suceder António Marques no cargo.

Agora, o actual presidente da AIMINHO garante que este PER vai motivar a sua permanência à frente dos destinos da associação durante mais uns tempos. “Será normal que possamos ter aqui um delay, resvalar um a dois meses para que a actual direcção possa negociar o PER com oportunidade e vantagem. Não é que o futuro presidente não o consiga fazer, mas é uma questão de responsabilidade, uma vez que não aceitaria sair do cargo quando há este problema para resolver”, sublinhou.

Daniel Silva
Daniel Silva

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