Alunos de Morreira deslocados para Trandeiras

A Escola Básica de Morreira não vai abrir portas no próximo ano lectivo e os catorze alunos matriculados passarão a ter aulas na Escola Básica de Trandeiras. A Câmara Municipal de Braga decidiu deslocar as crianças para a freguesia de Trandeiras para impedir que na mesma sala fossem leccionados quatro anos lectivos diferentes, mas, segundo os socialistas, os pais preferiam essa opção.
O assunto foi levantado no final da reunião de câmara desta segunda-feira no gnration. Liliana Pereira, vereadora do Partido Socialista criticou a opção do município de Braga e da direcção do Agrupamento de Escolas Alberto Sampaio. “Ela [vereadora da Educação] alega que, por uma questão dos alunos serem inseridos em turmas dos anos de escolaridade correspondentes, e também por estarem pouco deslocados da zona de residência, mas a nós não nos satisfaz porque os pais não querem essa solução”, começou por referir a socialista que alega que os pais “não querem essa solução porque os alunos já estão habituados àquela escola”. Liliana Pereira disse ainda que se trata de uma decisão “leviana e incompreensível”.
Ora, Lídia Dias, vereadora da Educação lembra que o agrupamento não concordava em ter uma turma com quatro anos de escolaridade, daí a transição para Trandeiras, onde serão duas turmas mistas, “algo mais consensual” e com o apoio de professores. A escola da Morreira encerrará portas e “o município assumirá todas as questões logísticas, nomeadamente o transporte das crianças”.
A escola da Morreira contava com uma funcionária da Junta de Freguesia que está ligada a recibos verdes há catorze anos. A vereadora da Educação sublinha que a responsabilidade da situação laboral é da junta de freguesia e afirma que o município vai “sensibilizar” aquela autarquia local para a resolução da situação laboral daquela trabalhadora.
O vereador da CDU discorda da perda desta valência na freguesia de Morreira. Sobre a situação laboral da funcionária a recibos verdes há catorze anos, Carlos Almeida sugere à autarquia que “assuma uma posição mais activa” e ajude à efectivação da funcionária em causa.
Áudio:
Vereadora da Educação explica situação. Socialistas discordam. CDU alerta para vínculo precária de funcionária
