Amarante. Mimo regressa com mais de 50 actividades gratuitas

O Mimo regressa esta sexta-feira a Amarante, para a 3ª edição do festival em Portugal. A comemorar 15 anos, o evento que nasceu no Brasil, apresenta-se com mais de 50 actividades de acesso gratuito, com artistas de 16 nacionalidades, em sete espaços, ao longo de três dias. Música, cinema, programa educativo e infantil, fórum de ideias, roteiro cultural, chuva de poesia e pela primeira vez, uma exposição de arte. São estas as propostas para este fim-de-semana em Amarante.

Baiana Sistem, “uma total novidade no Brasil, com os líderes de um movimento que está acontecer na Baía” ou Dona Onete, “uma artista do Pará, onde os ritmos amazónicos são muito importantes, de quem a música é uma explosão de som”, foram estes alguns dos destaques deixados à RUM por Lú Araújo, directora do festival. Ambos marcam presença em Amarante esta sexta-feira.

Além destes, há para ver Matthew Whitaker Trio, Rui Veloso, Bruno Pernadas, Moacyr Luz, Orquestra Chinesa Cheong Hong de Macau, Pablo Lapidusas International Trio, Almério, Timbila Muzimba e Marta Pereira da Costa.

Uma exposição entra, pela primeira vez este ano, no “cardápio do Mimo”. “Os Modernistas. Amigos e Contemporâneos de Amadeo de Souza-Cardoso” é o nome da mostra que conta com 59 obras para ver no museu da cidade. O objectivo é assinalar o centenário da morte do pintor natural de Amarante, diz Lú Araújo. “É a primeira vez que esta exposição vem ao norte de Portugal. O Mimo tem apostado nesses deslocamentos dos grandes centros para o interior. Falar de Amadeo é sempre um orgulho para Amarante e para o Mimo”, assegurou.

O Mimo aposta também no cinema, com filmes e documentários sobre música. Desta vez, será exibido o filme “Fevereiros”, de Márcio Debellian, sobre Maria Bethânia, que “vem ganhando vários prémios e é primeira exibição em Portugal”, revelou. Além deste, há também para ver o filme “Betty, They Say I’m Different”, sobre Betty Davis, ou um filme sobre os Ornatos Violeta, ou “Elis”, sobre Elis Regina.

15 anos com muito para celebrar

Amarante já segunda maior cidade do Mimo, um festival que acontece em cinco cidades. “Apesar de ser apenas a 3ª edição em Portugal, já é um momento importante do festival.  Amarante já se colocou como a segunda maior cidade do festival, depois de Olinda, no Brasil, onde o festival nasceu”, revelou. 

Amarante teve o maior público em 2017, com cerca de 60 mil pessoas, surgindo apenas depois de Olinda, no Brasil. “A tendência é aumentar. É um festival ainda jovem para Portugal. Temo-nos afirmado e as pessoas entendem o conceito, com músicas de vários lugares do planeta”, explica.

Um festival que está a celebrar 15 anos e com muitos motivos para comemorar, garante a directora do MIMO. “É uma boa sensação conseguir fazer sobreviver um festival com as características do Mimo, onde a música é prioridade e não tem um género definido. É um festival que abriga música de todas as partes do planeta com qualidade”, disse.