Amaro das Neves sugere “geringonça” para Guimarães

António Amaro das Neves vai ser o mandatário da candidatura da CDU no concelho de Guimarães. O nome foi apresentado esta segunda-feira, em conferência de imprensa. O candidato à Câmara Municipal, Torcato Ribeiro classificou Amaro das Neves como sendo uma “entidade certificadora” da cidade vimaranense, explicando que o seu mandatário é alguém que “sabe muito da história de todo o concelho” e referiu-se a Amaro das Neves como alguém que “é sinal da independência da candidatura” que encabeça.


“Quando ouço e leio comentários sobre a nossa história sei que vai ter uma resposta do Amaro das Neves. Essa resposta chega e chega de forma esclarecedora”, frisou o candidato que assumiu “ser um orgulho para a CDU” ter António Amaro das Neves como mandatário da candidatura.

O mandatário, por sua vez, frisou que não podia declinar “uma intervenção mais activa” no processo eleitoral, lembrando que há cerca de 30 anos que não participava desta forma numas eleições. “Neste momento, atendendo a uma certa degenerescência ou crise de crescimento e maturidade, muitos cidadãos distanciam-se da vida política e isso tem feito muita falta”, frisou Amaro das Neves que assumiu que Torcato Ribeiro se candidata numa conjuntura “particularmente difícil”.

O mandatário expressou a necessidade de quebrar com a maioria absoluta do PS para dar voz a todos os cidadãos. “Tenho consciência de que Guimarães precisa de melhorar a qualidade da sua democracia. Hoje ouve-se menos e as decisões são cada vez mais assumidas sem se ouvir a oposição e a população. Tem, a meu ver, havido uma quebra da cidadania e da participação cidadã”, referiu.

Amaro das Neves “pisca o olho” a uma “geringonça” em Guimarães

Explicando que o objectivo é eleger pelo menos um vereador, Amaro das Neves assume que gostava de ver na cidade uma opção governativa semelhante aquela que existe no Governo nacional. “Vivemos uma situação de Governo única, inovadora e inesperada a que deram o nome pejorativo de “geringonça”. Mas o que Guimarães precisa é de uma “geringonça”, ou seja, precisa de uma governação que não fique assente no pedestal de uma maioria absoluta. Essa maioria pode existir, mas tem que ouvir as opiniões dos outros e as contribuições que as outras forças políticas e cidadãos têm para dar. E não tem que ouvir apenas na véspera de eleições”, sublinhou o candidato que reconheceu que não o preocupa uma maioria absoluta, mas antes os poderes absolutos instalados.

Daniel Silva
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