Arderam 3 mil hectares em Cabeceiras e Póvoa de Lanhoso

Neste Verão, arderam quase três mil hectares nos concelhos de Cabeceiras de Basto e Vila Verde. Os dados são do PCP. A deputada comunista Carla Cruz reuniu com os autarcas dos dois concelhos. Ainda que não tenham afectado habitações, os fogos causaram perdas de pastagem, principalmente em Cabeceiras de Basto.
De acordo com Carla Cruz, em Cabeceiras de Basto, arderam mais de 2 mil hectares e, na Póvoa de Lanhoso, 700 hectares. “Os incêndios tiveram um impacto muito significativo na Freguesia de Rio Douro, em Cabeceiras de Basto. Houve perdas de pastagem, o que trará dificuldades aos agricultores”, explicou à RUM.
Os autarcas de Cabeceiras de Basto e Vila Verde terão demonstrado ao PCP preocupações relacionadas com a falta de prevenção, como “a limpeza e a construção de caminhos que facilitem os acessos aos Bombeiros”, diz Carla Cruz.
Para a comunista, os incêndios são também resultado opções políticas “que se traduzem, por exemplo, no abandono e na substituição de espécies autóctones por eucalipto”.
Ainda não foi feita a recolha do número de agricultores afectados pelos incêndios, mas Carla Cruz defende a aposta no apoio às populações afectadas.
PCP quer reconhecimento dos Guardas Florestais
Para o Partido Comunista, os guardas florestais são essenciais na prevenção de incêndios. Depois de os profissionais terem feito greve, na passada semana, contra a extinção da carreira e pela atribuição de suplementos remuneratórios, o PCP quer saber qual a posição do actual governo nesta matéria.
A deputada do PCP eleita pelo distrito de Braga, Carla Cruz, lembra que quando foi decidido terminar com a carreira dos guardas, “o PCP mostrou a sua oposição e o impacto que teria”. “A realidade mostra a necessidade de termos vigilância e prevenção e os guardas florestais são elemento central para isso”, afirmou.
Ao Ministério da Administração Interna, o PCP questionou “que medidas serão tomadas no sentido do reconhecimento destes profissionais tão necessários na prevenção e na primeira intervenção”.
Carla Cruz acredita que o elevado número de incêndios registados este Verão revelam a necessidade de apostar na reactivação da carreira dos Guardas Florestais. “O Comando Operacional da Protecção Civil de Cabeceiras de Basto dizia-nos precisamente que, quando tinham guardas florestais, só a sua presença era um elemento dissuador para quem quisesse fazer mal a floresta”, revelou.
Recorde-se que, em 2006, os guardas florestais foram integrados no Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR.
