“As crianças com dislexia têm que ser acompanhadas”

Esta terça-feira celebra-se o Dia Mundial da Dislexia. A disfunção neurológica afecta 600 milhões de pessoas em todo o mundo. A Associação Portuguesa de Dislexia, a Dislex, quer pôr fim a alguns mitos associados à doença, sensibilizando educacadores, população e poder político. Sob o lema “Disléxicos como Nós”, a campanha pública reúne caras mundialmente conhecidas que se destacaram na comunidade e que evidenciam o lado positivo da dislexia, nomeadamente Einstein, Picasso, Da Vinci, Agatha Christie, Van Gogh, Churchill e Spielberg.

Helena Serra, presidente da Dislex, explicou à RUM que o objectivo é “criar um boom em torno da temática da dislexia”. “A grande finalidade é mostrar que há um número significativo de casos de alunos sentados nas escolas do país que cabem nesta condição. É um distúrbio neurológico, mas não tem sinais exteriores como, por exemplo, outras deficiências”, lembrou.


Em Portugal estima-se que a dislexia atinja mais de 5% da população. Helena Serra lembra que se tem que a alertar que “as crianças disléxicas são inteligentes e estão no sistema educativo”. “Estão cheias de dons que não se manifestam e que a escola não vê e isso é injusto. Chamar-lhes de pessoas incapazes é desumano”, lamentou. 


48% das crianças com necessidades educativas especiais sofre de dislexia. Helena Serra sublinha a necessidade de criar métodos de ensino que ajudem estas crianças a contornar a disfunção. “Ao terem dificuldade de processamento, é evidente que, nas escolas, tem que ser muito bem compreendidas e acompanhadas. A postura de quem lida com elas tem que ser compreensão, com conhecimento sobre a disfunção, respeitando o cidadão que está ali, fazendo tudo o que ele precisa para contornar as dificuldades”, referiu.


Mafalda Oliveira
Mafalda Oliveira

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Rádio RUM em Direto Logo RUM
NO AR Rádio RUM em Direto Próximo programa não definido
aaum aaumtv