Assembleia de Guimarães homenageou Arq. Fernando Távora

Foi com uma espécie de homenagem ao arquitecto Fernando Távora que a Assembleia de Guimarães deu início, esta quinta-feira, à celebração dos 45 anos do seu edifício sede. O edifício foi projectado precisamente pelo arquitecto que foi também responsável pela requalificação do Centro Histórico de Guimarães, entre outras obras.

Esta tarde, os arquitectos Alexandre Alves Costa, Maria Manuel Oliveira e Benedita Pinto analisaram o projecto e foi ainda inaugurada uma exposição sobre a obra.

“Faz todo o sentido que, 45 anos passados da inauguração deste edifício, comemoremos a saúde e modernidade da casa e a sua funcionalidade, marca de um arquitecto ímpar na arquitectura moderna portuguesa”, começou por explicar, à RUM, Rui Costa, vice-presidente da Assembleia de Guimarães. Para o responsável “fazia sentido chamar os sócios, os amigos, as instituições com as quais a Assembleia trabalha e um conjunto de arquitectos de várias gerações para falar da arquitectura do Távora e deste projecto em particular”, disse.

Além de projectar o edifício da Assembleia, Fernando Távora foi o principal responsável pelo Plano de Regeneração Urbana de Guimarães, que permitiu a preservação do Património Histórico da cidade, explicou Rui Costa. “Entre 1979-82, a máxima era deitar a baixo para fazer coisas novas e este arquitecto disse que não. Fernando Távora afirmou que se deve conservar aquilo que tem valor arquitectónico, afectivo e histórico. Essa sua diferença permitiu que Guimarães se distinguisse a nível nacional e internacional”, lembrou.

Na altura da construção do edifício, pensado por um conjunto de jovens vimaranenses “que ousaram construir um edifíco sede”, Fernando Távora “viveu durante uma temporada como um sócio da Associação para ver o que a associação precisava”, revelou Rui Costa.

Quanto à Assembleia de Guimarães,  com sede na Rua Professor Egas Monis, conta com a colaboração de varias associações. “O associativismo em Guimarães vive desta não necessidade de protagonismo individual, mas sim de trabalhar em prol das pessoas e dos associados de cada a instituição. Prosseguimos esse caminho, ainda que tenhamos um conjunto de actividades próprias, ligadas principalmente as artes cénicas”, explicou Rui Costa.