Autarca de Braga lembra Governo para CEC 2027

O presidente do município de Braga avisa o Governo de que não pode esquecer que Portugal vai ter uma Capital Europeia da Cultura em 2027.
Esta sexta-feira, no ponto de partida para a elaboração do plano estratégico de cultura para a cidade de Braga 2020-2030, o autarca lembrou que o Estado tem responsabilidades a assumir nas candidaturas das cidades portuguesas.
Segundo Ricardo Rio, as outras cidades que se querem candidatar estão também conscientes da responsabilidade do governo português para a preparação do Portugal 2020-2030. “[O Governo] Tem que alocar verbas para esse financiamento, porque sabemos que não é antes da apresentação da candidatura, é depois da atribuição do título que muitos dos projectos de regeneração urbana, de dotação de novos equipamentos culturais são concretizados com esse tipo de financiamento”, disse, referindo-se à verba alocada directamente pela UE para a realização do evento.
O autarca escusou-se a identificar se é necessária a construção de algum equipamento de raíz ou a levantar possibilidades de edifícios que podiam ser reabilitados na cidade de Braga tendo em vista a Capital Europeia da Cultura 2027. “Não consigo pré formatar já hoje o que é que é a verdadeira necessidade de espaços culturais, até porque há demasiados espaços que estão sob-aproveitados, que são demasiado desconhecidos”, começou por responder. Rio considera que com este diagnóstico completo será possível responder melhor à questão, ressalvando que dentro de um ano e meio Braga irá ganhar “um grande equipamento cultural”, referindo-se à reabilitação do S. Geraldo, orçada em cerca de 5 milhões de euros.
Questionado sobre espaços desaproveitados na cidade, o autarca deu o exemplo do edifício do Castelo. Já sobre a eventualidade de a alienação da Confiança não poder seguir em frente ou de não surgirem interessados caso o processo seja retomado, Ricardo Rio insiste que o edifício não interessa à autarquia de Braga. “Consideramos que não é um activo estratégico, deve ser alienado e com essa alienação gerar recursos para fazer face a outros projectos”, concluiu.
Áudio:
Presidente do município depois do lançamento do plano estratégico de Braga para a cultura
