BE exige data para obras na Frei Caetano Brandão

O Bloco de Esquerda (BE) exige ao Governo que avance com a data para a realização da obra de requalificação da EB 2,3 Frei Caetano Brandão, em Braga. O partido já apresentou no Parlamento um projecto de resolução pela urgente reabilitação, aprovado com a abstenção do PS, mas ainda não há data para a realização de uma obra considerada “muito urgente” pela comunidade educativa.
Esta segunda-feira, a deputada bloquista Joana Mortágua visitou a escola para conhecer de perto a realidade e reivindicar, uma vez mais, a urgência da reabilitação. “O que exigimos ao Governo desde o início não é que faça as obras todas de uma vez no país, mas é que diga com clareza à comunidade, aos pais, quando é que vai fazer as obras”, começou por referir. Joana Mortágua lembra que a escola tem informações contraditórias por parte da Dgest, “algumas dão indicação de que a escola estaria incluída no Portugal 2020, outras dizem que não e que não vai ter intervenção”. Por isso, avisa a deputada do BE, a intervenção é uma necessidade e o Governo tem de dizer quando “para que a escola se possa preparar”.
À imprensa local, a bloquista admitiu ter ficado “surpreendida com a boa vontade da comunidade educativa em contrariar as condições da escola”. A deputada considera que a EB 2,3 Frei Caetano Brandão “não tem condições para o projecto educativo que oferece”, além de estar num território “prioritário, com necessidades de intervenção social grandes”. “Seria de esperar que a escola merecesse mais atenção e mais investimento”, acrescentou.
Em 37 anos a escola nunca sofreu uma intervenção profunda. “A única obra que teve foi para retirar o amianto das coberturas dos passadiços, nem sequer as coberturas dos edifícios foram retiradas. Começa a dar uma despesa que se torna incomportável porque a electricidade falha, a instalação de canalização falha e começa tudo a falhar. Não são as pequenas obras de manutenção que conseguem manter uma escola destas. Tem que haver investimento”, reiterou.
A EB 2,3 Frei Caetano Brandão conta actualmente com 500 alunos. O número já aumentou várias vezes este ano por força da chegada de muitas famílias brasileiras. Joaquim Gomes, Director do Agrupamento de Escolas de Maximinos afirma que se trata de uma necessidade urgente, numa escola com várias valências educativas, mas com muitas fragilidades estruturais.
Questionado sobre as contradições entre a autarquia e o Ministério da Educação, Joaquim Gomes pediu apenas que a obra se realize. “Andam a empurrar um para o outro. São eles que se têm que se entender, a mim compete-me fazer ver que é mesmo urgente uma requalificação”, explicou ainda aquele responsável.
Áudio:
Joana Mortágua, deputada do BE e Joaquim Gomes, Director do Agrupamento de Escolas de Maximinos
