BE quer fim da PPP no Hospital de Braga na agenda do Governo

É um dos assuntos que vai marcar a agenda do Bloco de Esquerda (BE) junto do Governo no próximo ano. Os bloquistas querem que a parceria público-privada (PPP) no Hospital de Braga não seja renovada.

Em declarações à RUM, Pedro Soares, deputado do BE eleito pelo círculo eleitoral de Braga não tem dúvidas que este modelo de gestão não serve as necessidades da população. O bloquista considerou “incompreensível” manter-se a PPP para além de 2019, data do fim desta concessão. “Os relatos que temos tipo são de que este serviço nem sempre é aquele que é exigível ao Serviço Nacional de Saúde”, referiu o deputado que frisou que “até 31 de Dezembro de 2017, o Estado português deveria equacionar a continuação ou não desta parceria”, sublinhando que do ponto de vista do Bloco “o Hospital de Braga deveria regressar à gestão pública”.

Pedro Soares enumerou ainda várias situações que explicam que a eficiência dos cuidados de saúde prestados não é suficiente: “Os enfermeiros estão sem receber, são cerca de 500 mil euros em dívida, há equipamentos que não estão a funcionar e sabemos que há quartos que não estão a funcionar sob a justificação de que estão em reserva para uma emergência quando na verdade é o Hospital que os mantém fechados porque não quer aí investir”, frisou o deputado.

Recorde-se que esta foi uma matéria abordada pelo eurodeputado José Manuel Fernandes que defendeu a manutenção da PPP na unidade hospitalar. Uma opinião contrariada por Pedro Soares que lembrou que o relatório oficial da Entidade Reguladora da Saúde diz “que não há vantagem nenhuma relativamente à PPP”. “O senhor eurodeputado deve conseguir explicar porque é que o Estado deve continuar a pagar uma renda a uma entidade privada para gerir um hospital que é do Serviço Nacional de Saúde, ou seja, um hospital público”, questionou.

A parceria público privada com o Hospital de Braga conclui em 2019. O deputado bloquista defende que o Governo indique que pretende o término desse contrato já em 31 de Dezembro de 2017, no sentido de cumprir com os dois anos de pré-aviso, tal como indica os termos da parceria. Pedro Soares afirma ainda que este será um dos temas centrais para debate de agenda política durante o próximo ano. 

Daniel Silva
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