BLCS acolhe debate sobre desafios dos feminismos
No dia Internacional das Raparigas, a Universidade Feminista e a Civitas Braga organizaram uma mesa redonda na Lúcio Craveiro da Silva para que investigadoras e activistas discutissem os desafios dos feminismos.
O debate que começou às 16H30 tinha como objectivo discutir um tema que continua a ser pertinente na nossa sociedade. Não se trata da primeira iniciativa sobre esta temática. “Há diversas desigualdades que persistem neste campo”, começa por frisar Carla Cerqueira, investigadora e dinamizadora da Civitas Braga.
Recordando recentes polémicas, como o caso dos manuais escolares da Porto Editora, a investigadora alerta que muitos pensam que se tratam de “não questões”, algo que é preciso continuar a discutir. No entanto as duas organizações consideram que “muitas vezes não se dá voz entre o cruzamento do que se faz na academia e as várias organizações da sociedade civil, pessoas que estão na vertente mais práctica do activismo”, especifica. “Estamos numa altura em que parece que falar de feminismos virou moda e é preciso desconstruir muito esta noção”, explicou ainda Carla Cerqueira.
A sessão contou com a participação da investigadora e docente da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto Conceição Nogueira, da investigadora e docente da do Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho Ana Gabriela Macedo, da activista do colectivo Braga Fora do Armário e docente do ISAVE – Instituto Superior de Saúde Liliana Rodrigues, da activista da UMAR Tatiana Mendes e da activista do Coletivo Zanele Muholi de Lésbicas e Bissexuais Negras e doutoranda do Programa Doutoral em Estudos Culturais pelas Universidades do Minho e Aveiro Geanine Escobar.
A dinamização esteve a cargo de Camila Craveiro, bolsista CAPES e doutoranda em Ciências da Comunicação na Universidade do Minho e de Carla Cerqueira, investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) e docente da Universidade Lusófona do Porto.
