Braga apresenta informação sobre mais de 60 espécies em nove biospots
O município de Braga inaugurou nove biospots esta sexta-feira. Estas placas contêm informação sobre a biodiversidade existente em vários locais da cidade.
Os pontos estão distribuídos por um roteiro que começa no INL e percorre zonas como o Rio Este, o Parque da Ponto e o Picoto. A identificação das espécies, que começou no final de 2017, foi feita pelo Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.
Albano Soares explica que durante este período foi feito um “levantamento sobretudo de flora e de insectos” e que foram encontradas “cerca de 60 a 70 espécies”. “Sempre que voltamos cá estamos a anotar espécies novas”, acrescenta o investigador que trabalhou em colaboração com Eva Monteiro, perspectivando que o número de seres vivos identificados vai aumentar no futuro.
Altino Bessa, vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Braga, destaca a importância da colocação destes painéis na cidade, que está inserida na Semana de Mobilização pelo Clima. “Muitas vezes não temos essa noção do tipo de plantas e de animais que existem até porque ao passarmos pelos sítios nem sempre são visíveis”, refere.
A maioria dos biospots está instalada ao longo da ecovia do Rio Este. Recorrendo às “2500 análises que foram feitas em 13 pontos do rio” nos últimos quatro anos, Altino Bessa relaciona a qualidade da água com a biodiversidade existente no local. “Apesar das descargas no Rio Este, a qualidade da água tem vindo a aumentar e essa melhoria tem um reflexo directo da biodiversidade”.
Os biospots estão espalhado por todo o país, “desde Bragança até ao Algarve”, como retrata Albano Soares. No entanto, o investigador destaca que as placas informativas colocadas em Braga são apenas “um das três ou quatro que existem em zona urbana”, num total de 45 estações de biodiversidade em Portugal.
TBG
