Braga caminha pelo autismo a 2 de Abril
É já no próximo dia 2 de Abril que Braga volta a caminhar pelo autismo. Há oito anos consecutivos que a Associação para a Inclusão e Apoio ao Autista (AIA) organiza a caminhada que pretende dar a conhecer a sua missão e angariar verbas que ajudem a atenuar o saldo negativo desta associação de apoio social, no caso, através do serviço de terapias disponibilizado pela associação aos utentes com custos mais reduzidos.
Com mais de oito mil participantes na edição do ano passado, a organização, que continua empenhada em realizar esta actividade, estima atingir os 10 mil participantes. O valor da inscrição é de 2,5 euros.
Desde o seu início que a caminhada solidária tem um impacto significativo no concelho que abraça a causa de forma particular. Segundo o autarca Ricardo Rio, esta será a caminhada com maior número de participantes entre todas as que se realizam anualmente.
Como já vem sendo tradição, a caminhada da AIA, com um percurso de 5km, foi apresentada no salão Nobre da Câmara Municipal de Braga e contou com a presença do autarca Ricardo Rio. A organização valorizou o interesse de Rio nesta apresentação por considerar que “simboliza a atenção que dá às causas sociais”.
A CMB continua a apoiar a iniciativa, e esta manhã, na apresentação da caminhada de 5 quilómetros, o presidente da CMB, Ricardo Rio enalteceu o mérito da iniciativa e o papel desempenhado pela associação. “O que move instituições como a AIA não se encerram no tempo, é um desafio continuado e tem que ultrapassar muitos obstáculos. O trabalho carece de apoios contínuos e de financiamentos de todas as fontes”. Além disso, o autarca reconhece o mérito da instituição que “consegue trabalhar de forma pró-activa para garantir a sua própria sustentabilidade”, acrescentou.
Uma caminhada que se traduz numa fonte de rendimento determinante para financiar o serviço de terapias disponibilizado pela AIA. Segundo o novo presidente, Eduardo Pinto, que já integrava a actual direcção, os serviços de terapias prestados pela AIA implicam um saldo negativo de 15 a 17 mil euros por ano. “Para darmos o maior apoio possível e as pessoas poderem ter as terapias possíveis com este valor, precisamos de angariar a parte que nos sai todos os meses”, justificou, acrescentando, ainda assim, que a manutenção diária da instituição através de todos os serviços prestados é, em grande parte, financiada pelos próprios utentes.
A concentração para a caminhada do próximo dia 2 de Abril está agendada para as 10H00, na Avenida Central. O percurso é, como habitualmente, de cinco quilómetros de distância.
