Braga entra no top-10 das exportações nacionais

Braga tem o maior decréscimo do desemprego do Norte do país e já entrou no top-10 das exportações nacionais.
Ocupa neste momento o 8º posto e já ultrapassou o Porto. Quem o confirmou foi Carlos Oliveira, da Invest Braga, que irá destacar esses números no Fórum Económico que se irá realizar na tarde desta quarta-feira.
“Braga diminui o seu desemprego. São menos 5200 inscritos no centro de emprego. Em 2014 eram mais de 14 mil desempregados e agora estão abaixo dos 9000. Este é o maior decréscimo de registos em todo o Norte do país”, salientou Carlos Oliveira que destacou que, ao nível de exportações, registou-se um crescimento de 19%.
“Esses 19% equivalem a 176 milhões de euros, ou seja, é o maior crescimento líquido em 2016. Este top-10 pode ser ultrapassado nos próximos anos, principalmente pelos motores que são a Bosch e Delphi, mas também pelo crescimento das PME’s do concelho”, explicou o responsável pela agência para a dinamização económica de Braga.
Crescimento aliado ao conhecimento e produção nacional são notas dominantes
Para Carlos Oliveira, a cidade tem registado “bons índices económicos”, suportados pela dimensão de “dois grandes players que são a Bosch e Delphi”, mas que vão para além destas duas grandes empresas sediadas no concelho.
Esta é, para Carlos Oliveira, uma dinâmica económica que tem uma componente especial que passa pela “ligação ao conhecimento”. “Não há muitas vezes a noção que este cluster é uma mini-Auto-Europa e que o crescimento está alicerçado em conhecimento. Neste aspecto, Oliveira destacou a ligação que é feita com a Universidade do Minho.
Outros dos factores enaltecidos por Carlos Oliveira foi a entrada, cada vez mais acentuada, de produtos nacionais nas grandes empresas sediadas na região. “Há neste players a vontade da taxa de incorporação nacional nos seus produtos. A Bosch quer quintuplicar a incorporação de produtos nacionais, o que quer dizer que todos os seus fornecedores estão a ser qualificados para que a Bosch possa comprar, cada vez mais, a produtores portugueses”, frisou.
