“Braga Fora do Armário”. LGBTI+ diz não ao silêncio

Dizer não à “Cidade do silêncio: chega de invisibilidade, basta de violência” é o lema desta VI marcha pelos direitos da comunidade LGBTI+ (Lésbicas, Bissexuais, Transgénero, Intersexo e Mais). Cerca de 300 pessoas vão participar na iniciativa que vai percorrer as ruas da cidade de Braga, desde o Arco da Porta Nova até à Praça da República.
A RUM falou com um membro do colectivo, Luís Torres que explicou que na recta final do percurso vai ser lido um manifesto, como forma de a comunidade se fazer ouvir. “A ideia do manifesto é reivindicar o não ao silêncio que existe quando nos oprimem. Refiro-me, por exemplo, ao facto de terem questionado Bragança por ter uma marcha. Esta posição foi conhecida através de um deputado do PSD, que faz parte de um enorme leque de argumentos que nós ouvimos todos os dias: ‘Porque é que vocês têm de fazer isso na rua, porque tenho de levar com a vossa escolha sexual na cara'”, explica.
No que a Braga diz respeito, a ocorrência de casos de violência física não é tão frequente, mas, no entanto, o problema passa pelo silenciamento. Luís Torres garante que vários cartazes alusivos à marcha deste sábado foram arrancados por populares. Outros casos passam por casais homossexuais serem impedidos de alugar casa devido à sua orientação sexual. Uma pressão psicológica imensa que contribui para o aumento da incidência de casos de suicídio em membros da LGBTI+.
Áudio:
Palavras do membro do colectivo, Luís Torres sobre a marcha deste sábado.
