Candidata do BE alerta para perigos nos parques infantis

A candidata do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Braga (CMB) apela ao executivo liderado por Ricardo Rio que olhe de forma atenta para as crianças da cidade. Numa análise aos parques infantis dispersos pelo centro de Braga, Paula Nogueira apontou uma série de erros e criticou o trabalho dos técnicos da câmara que os projectaram.

Esta manhã, os bloquistas convidaram a imprensa local a analisar o Parque do Campo da Vinha onde denunciaram perigos na vedação, cabos de aço, muros e desníveis sem protecção, além de acessos e degraus com arestas.

Colocando a questão “Esta cidade não é para crianças?”, o BE  denunciou pontos que colocam em perigo as crianças e arrastam preocupações para as famílias quando por ali passam.

Um dos bloquistas referia que nódoas negras e cabeças partidas podem não chegar aos jornais, mas acabam por ser habituais nestes parques dado o número de imperfeições, apelando à manutenção constante de parques infantis, mesmo que não sejam trabalhos que saiam nos jornais.

“Nos poucos parques da cidade fazer coisas básicas, como conservá-los”, começou por defender Paula Nogueira, acrescentando que a cidade tem “parques perigosos que não estão adaptados às crianças”. A candidata lamentou o estado do Parque das Camélias onde foram investidos “centenas de milhares de euros”, num espaço “completamente votado ao abandono”.

Segundo Paula Nogueira, uma criança em Braga “tem muito pouco espaço para correr e para brincar” e por isso apela ao município que proporcione verdadeiras condições de segurança.

Também o bloquista José Alfredo Ribeiro, dando como primeiro exemplo errado o parque do Campo da Vinha, sugeriu à Câmara Municipal de Braga o aproveitamento dos parques dedicando-os também às famílias, estruturando-os de forma harmoniosa, complementados com equipamentos para crianças e adultos. “O parque infantil é um espaço amplo para as crianças poderem correr porque não estão constantemente a utilizar o aparelho em si, precisam de espaço”, explicou exemplificando com um caso acabado de acontecer no parque instalado no Campo da Vinha: “estava aqui uma senhora com dois miúdos e não parou sossegada porque tinha de andar sempre atrás do miudinho. Tem um declive, tem umas escadas e não tem protecções nenhumas. O que deveria acontecer era a senhora estar aqui, trazer um livro, um jornal, ouvir música sentada nuns bancos (não há nenhum banco) e a criança andava a passear à vontade. Aqui não, a senhora não parou quieta, esteve cinco minutos e foi embora”, exemplificou.

O BE de Braga reconheceu que não se pode fazer tudo de uma vez, mas apela à câmara que “melhore os parques infantis existentes na cidade”.

Entre outros exemplos errados, o Bloco de Esquerda referiu ainda o parque da Avenida Central, o parque da Ponte, o parque das Camélias e o parque da Quinta da Capela.

Paula Nogueira voltou a perguntar pelo Parque da Cidade anunciado há muito pelo executivo de Ricardo Rio, mas que acabou por não sair do papel. Um dos locais projectados foi ‘oferecido’ pela CMB ao Sporting Clube de Braga que está a construir a sua Academia, lembrou a candidata voltando a reivindicar a necessidade de um verdadeiro parque da cidade, à semelhança das cidades que já o têm: Guimarães, Famalicão, Porto, entre outras.

Bloco de Esquerda lamenta insegurança da cidade

A candidata abordou ainda a candidatura da Câmara de Braga ao projecto ‘Cidade Amiga das Crianças’. Paula Nogueira considera que o assunto deve ser discutido publicamente envolvendo instituições de ensino e cidadãos. A bloquista está ao lado da câmara mas pede debate.

“A câmara precisa também de repensar as suas políticas de mobilidade, temos uma cidade insegura, mal iluminada onde a tendência dos pais é dar um grande proteccionismo às crianças. O trânsito deve ser ordenado a pensar nas entradas e saídas das escolas”, rematou.