Carla Cruz defende “política de Estado contra a precariedade”

A cabeça-de-lista da CDU por Braga às eleições legislativas alerta para a precariedade laboral no distrito. Numa acção de contacto com os trabalhadores da Bosch, em Braga, Carla Cruz criticou o novo Código do Trabalho, que entrou esta terça-feira em vigor.


Para a candidata comunista, é “imprescindível o aumento do salário mínimo nacional para os 850 euros na próxima legislatura e dos salários, em geral”, principalmente em zonas como a que visitou. “O distrito de Braga tem salários mais baixos que a média do resto do país. Aqui há grandes grupos económicos e grandes empresas, mas que instituíram a precariedade como forma de relação de trabalho”, explica.

Um desses exemplos é, segundo Carla Cruz, a Bosch, que “recorre sistematicamente ao trabalho precário para satisfazer necessidades constantes”. De forma a combater o problema, defende “um posto de trabalho permanente a que faça corresponder um vínculo estável”, instituíndo “uma política de Estado contra a precariedade”.



Carla Cruz pretende “revogação das normas gravosas” da legislação laboral


O novo Código de Trabalho entrou esta terça-feira em vigor. A alteração à legislação levou a muitas críticas das bancadas parlamentares do PCP, do PEV e do Bloco de Esquerda, que tinham votado contra, motivando um pedido de fiscalização sucessiva ao Tribunal Constitucional.


No requerimento, entregue na semana passada, é pedido a declaração de inconstitucionalidade do alargamento do período experimental, da “facilitação” dos contratos de “muito curta duração” e da caducidade da contratação coletiva.

Carla Cruz, membro do PCP, mas que concorre às legislativas pela coligação formada com o PEV, a CDU, considera que este Código do Trabalho vai ter “implicações seríssimas na vida dos trabalhadores, dos jovens e dos menos jovens, que vão andar a saltar de período experimental em período experimental sem qualquer tipo de direitos”.

Nesse sentido, a candidata defende a “revogação das normas gravosas do Código do Trabalho”, designadamente o fim da caducidade da contratação colectiva e a redução do horário no sector privado, fixando-o nas 35 horas, além do aumento do salário mínimo.

Tiago Barquinha
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