Casa do Professor quer deixar de ser associação

A Casa do Professor completou este fim-de-semana 40 anos. A instituição multidisciplinar olha para o futuro com a ambição de reforçar a sua acção e, para isso, pode deixar de ter o estatuto jurídico de associação. É pelo menos essa a vontade do seu presidente Hilário de Sousa.

“O actual estatuto jurídico de associação não consegue responder aos grandes desafios que se colocaram à instituição a partir de 2010 [ano em que Hilário de Sousa assumiu a presidência], nomeadamente a partir da sua gestão. Passou a ser uma gestão profissional, e os níveis de exigência que hoje a instituição tem – e basta referir que hoje somos uma entidade certificada pelo Sistema de Gestão Qualidade e fomos a primeira a obter, em Portugal, o reconhecimento de um modelo de excelência da FQN (Fundação Nacional de Qualidade) -, faz com que a responsabilidade seja essencial para consolidar as respostas que temos de dar”, esclarece.

Além da alteração de estatuto, está a possibilidade futura de a Casa do Professor ter novo lar. Hilário de Sousa revela que a proposta vai ser conhecida em breve pelos órgãos sociais. Uma vez mais, é o crescimento da acção da Casa do Professor que faz com que novas instalações sejam necessárias: “As instalações que hoje temos não respondem minimamente às necessidades que nos têm chegado, nomeadamente sob o ponto de vista do apoio a pessoas a necessitar de cuidados humanos, que precisam de ser alojadas numa estrutura residencial, num lar”. O projecto, “em análise preliminar”, permite “dar resposta, no curto/médio prazo, às exigências”.

Novo protocolo para com a Lucky Star para sessões de cinema

Hilário de Sousa adianta que a Casa do Professor procura aumentar as áreas de intervenção e em 2019 está previsto o alargamento na aposta da formação, turismo e saúde. Na formação, a instituição estima um projecto direccionado para os professores “que pretende alterar o paradigma actual do papel do professor, tornando-o um agente mais activo, mediador da aprendizagem do aluno”. O modelo do projecto, diz Hilário de Sousa, inspira-se no que se faz nos países do norte da Europa. 

Também o alargamento do apoio na área cultural é um dos desafios propostos. Para isso, Hilário de Sousa anuncia uma parceria com o cineclube Lucky Star [que actualmente exibe filmes no cinemax de Braga], que vai permitir sessões semanais de cinema na instituição.

2018 foi o melhor ano de sempre da Casa do Professor

Desafiado a fazer um balanço do último ano da Casa do Professor, Hilário de Sousa garante que 2018 foi “um ano ímpar”. 

“Os resultados alcançados [em 2018] nos principais indicadores de desempenho da instituição superam todos aqueles que anteriormente se verificaram. Assumimos um papel de relevância ao nível dos projectos Erasmus +, e somos uma instituição reconhecida como inovadora, promotora de qualidade”, enaltece o dirigente, antes de assinalar o aumento do orçamento da Casa do Professor nos últimos anos: “o orçamento de 2019 ultrapassa o milhão e meio de euros e em 2010 era pouco mais de 900 mil euros”.