CDU reclama mais competências para juntas urbanas

A candidatura da CDU à Câmara Municipal de Braga (CMB) defende a delegação de mais competências às juntas de freguesia do centro histórico.
Ao final da tarde desta quarta-feira, junto à Arcada, a CDU apresentou, à comunicação social, os respectivos candidatos às juntas de freguesia de S. Victor, S. Lázaro, S. João do Souto, Maximinos, Sé e Cividade.
No momento, Carlos Almeida, candidato ao lugar ocupado actualmente por Ricardo Rio, criticou o que considera ser “um vazio de funções das juntas do centro histórico”, que “têm a porta aberta quase para cumprir um papel de emissão de atestados”, disse. À semelhança do que acontece noutras juntas de freguesia, o comunista considera que “devem assumir um papel de gestão da cidade”. Apesar de concordar que no meio urbano, diversas áreas devem ser assumidas pelo município. Carlos Almeida lembra que são as juntas de freguesia que “acompanham as suas populações”, e por isso, podem fazer “a gestão escolar, social, cultural ou de espaços verdes”, exemplificou. Para o candidato, essa possibilidade “conferia às juntas de freguesia da cidade maior dignidade e um papel muito mais activo no desenvolvimento do próprio concelho”.
CDU quer “inverter tendência de deslocalização de serviços públicos”
O centro histórico da cidade tem, ao longo dos anos, perdido agências bancárias, postos de correio ou serviços da loja do cidadão”. Uma estratégia que, no entender do candidato, “retira vida ao centro histórico e não cria atractividade”.
Carlos Almeida sugere que “a Universidade do Minho pode ter um papel muito importante pelo facto de ser detentora de espaços muito importantes no centro histórico”. O Largo do Paço e o edifício do Castelo são exemplos tomados pela candidatura comunista que, para este último edifício defende uma revitalização “para alocar serviços culturais ou sociais, o que fosse necessário”, acrescentou.
O antigo Tribunal, actualmente na mão de privados e em avançado estado de degradação também deve ser referenciado pela Câmara Municipal de Braga, defende a candidatura da CDU. “A existência de serviços públicos é determinante para a ideia de centro histórico que queremos construir”, rematou.
Atrair novos moradores para o centro histórico
A CDU defende ainda a “criação de condições de estacionamento dos novos residentes, rever o regulamento de circulação de viaturas e acesso à área pedonal, criando condições para o estacionamento dentro do perímetro urbano, reduzindo o número de artérias sujeitas a estacionamento pago”. Um sistema de cobrança diferenciado em função da duração do aparcamento ou da localização é apontado como opção viável.
Bárbara Seco de Barros, candidata à Assembleia Municipal de Braga sublinhou outra das propostas: a reconversão funcional das caves dos centros comerciais de 1ª geração”, em estacionamento exclusivo para moradores.
