Cerca de 7% das crianças sofrem de Hiperatividade e Défice de Atenção

Cerca de 6 a 7% da população em idade escolar sofre de Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PDHA), o número reduz para metade quando se fala da idade a dulta, mas as consequências agravam-se. Entre os mais jovens a inquietação e a desatenção prevalecem, em idade a adulta poderão associar-se problemas como o divórcio ou o desemprego.

O tema tem sido debatido no 2.º Congresso Nacional de Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção, que se realiza na UMinho, esta quinta e sexta-feira.

A PHDA é o distúrbio neurocomportamental mais prevalente entre crianças e adolescentes, e são problemas com origem precce. Afectam mais rapazes do que raparigas, e deteta-se mais facilmente na transição do pré-escolar para o 1.º ciclo,

“A criança com PHDA tem dificuldades em estar sossegada, iniciar o foco naquilo que está a fazer, perturba, o que vai dar origem a um pior desempenho”, explica José Boavida, presidente da Sociedade Portuguesa de Défice de Atenção. Nos rapazes os comporatemntos agitados denunciam mais facilmente a perturbação, porque “são mais hiperactivos”. Já as raparigas “passam mais despercebidas, porque são sossegadas”.

Quanto aos tratamento, José Boavida diz que a medicação deve ser aplicada apenas nos casos moderadas a graves. “Nas situações ligeiras, que possam ser controladas com medidas educacionais, apoios educativos e psicológicos, admito que possa não haver necessidade de usar fármacos. Nos casos com défice de atenção muito marcados é necessária medicação, extremamente eficaz e segura”, explicou.

Quando em análise está a PHDA em idade adulta o cenário pode justificar as “taxas mais elevadas de problemas sociais, divórcios, parentalidade precoce, doenças sexualmente transmissíveis, desemprego, instabildiade profissional”. “A populaçao com PHDA atinge menos niveis académicos”, justificou José Boavida.

Este ano, a UMinho acolhe o Congresso Nacional de Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção, que junta mais de 400 profissionais da medicina e educação, de especialidades como “psiquiatria neuropediatria, pediatria, mas também psicólogos, professores, terapeutas, pessoas que lidam diariamente com esta população para que melhorem a forma como tratam estes problemas”. “Acho que tem sido produtivo”, finalizou José Boavida.

Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

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