Cibersegurança.”Efectivos? Quem forma estes profissionais?”

“A grande questão é como vai ser feita a formação destes profissionais de ciber segurança”. Quem o diz é Henrique Santos, Docente nas áreas da Segurança em Sistemas de Informação, Segurança em Redes de Computadores da Universidade do Minho.
Questionado pela RUM sobre o anúncio feito pelo Ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, que até ao final do ano vai quadruplicar o número de especialistas na área da cibersegurança no âmbito das Forças Armadas, o docente da UMinho alerta para a maneira como estes profissionais vão ser “preparados e escolhidos”.
“Não existe formação ainda, portanto não estou a ver como se vai arranjar estes profissionais, o mais provável é virem de fora. Como é que eles vão ser preparados, como vão ser providos e escolhidos, eu acho que isso vai ser a grande dúvida. Não consigo imaginar, nem consigo ver como é que se vai arranjar esses efectivos que foram prometidos”, analisou.
Henrique Santos refere no entanto que este anúncio “não espanta” visto que o tema tem sido “eleito” sucessivamente como uma área estratégica, pelos EUA e pela NATO. O professor da área da segurança na UMinho acredita que estes profissionais “são mais necessários” para a ciberdefesa e não tanto para a cibersegurança.
Áudio:
Henrique Santos, Docente nas áreas da Segurança em Sistemas de Informação, Segurança em Redes de Computadores na UMinho.
